quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TANTOS EUs




Tantos sao os Eu que encontro.
Na postura dos momentos indecisos,
na prepotencia das certezas,
na arrogancia do meu querer.
Reuno o favoritismo da simplicidade.
Junto todos os Eu no mesmo saco.
Sem pachorra para definicoes concretas,
retiro um Eu de cada vez, e surpreendo-me.
Afinal nao sou irredutivel... ha variantes.
Os dias, locais e momentos... e o amor.
Sempre Eu, mas diferente por vontade inata.
Os sorrisos falsos sao perversos,
na falsidade estrutural de quem os tem.
Se sao snobs ou modestos, ignoro.
Falsidade sera doutros que nao Eu.
Sou tanta gente junta, concentrada em mim.
Observo as entrelinhas que me dao,
fingindo nao entender, mas tenho pena
no fundo, sao eles que nao me entendem.
O Eu que sou, sem modestias
deixa-me feliz na atitude e irreverencia.
O outro Eu, modifico no arquivo da alma
em Ego alterado por circunstancias.
Talvez que a quente, em mente intensa
crie a fusao que me transforma em individuo.
Um so Eu, pujante e complicado...so.
No fundo, plano em ventos imprevisiveis
perigosos na sustentabilidade da minha raiz.
Mas voar e um privilegio da minha alma.
Nao para em circulos nao programados,
abencoando e aveludando, com o mimo
que consigo dar, na interpretacao dos sonhos.
Os "deja vu" permanentes, sao estranhos.
Teem o desvio proprio dos tantos Eu que sou.
A noite e-me grata e anseio pela hora.
Tenho mesmo paranoia controlada,
pelo outro lado... os outros Eu.
Ja os conheco de forma abstrata, vagamente
como voando, onde a gravidade nao exista,
com o prazer do imprevisto e falta de tacto.
Todos os Eu juntos, sao o patamar da felicidade.
Adoro esta minha diversidade,
que por se tornar assim tao simples,
revela os tantos Eu que ha em mim.


27 SETEMBRO 2012

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