sábado, 30 de julho de 2016

QUEM SOMOS NÓS?





As saudades têm uma postura própria.
Os antípodas da realidade são fraqueza
De todas as almas que se aconchegam
Pensando que o necessário, é sobreviver.
Viver é coisa estranha. É sombra da realidade.
Respirar é um acto circunspecto,
Dependente de toda a conjuntura orgânica
Que o nosso invólucro insiste em sentir.
É como uma máquina, quase perfeita,
Talvez a mais perfeita, por não sabermos
Como funciona na totalidade.
É um segredo escondido?
Uma fórmula mais que conhecida,
Mas em fase de manipulação temporal?
É o Tempo sim! É só o Tempo!
A tecnologia sobrenatura, tão rápida,
Tão inatingível pela lógica natural.
Serão estudos de cérebros
Novos Sapiens incógnitos sem Tempo.
A imagem da vida é quase irreconhecível
Se pensar na lógica evolutiva.
Vivo outra vez o salto qualitativo,
Os milhares de anos de desenvolvimento
Que o Tempo não sabe explicar.
Ele sabe, nós não. Civilização!
Interferência extra, Extra terreno
Divino por entender. Compleição.
Desatino. Alarme do medo.
Quem somos nós?
A fase que se desenvolve,
Na evidência do extermínio!
Somos a fuga?!
Somos passado, repetido em atraso?
Somos!
Somos sim!
Seremos o que fizermos de nós!
Quem somos nós?
Seremos?


30JULHO2016


A ESSÊNCIA



Navegar no outro lado do mar,
Virar o mundo do avesso,
Pensar que nada é como parece!
Não é estupidez imaginar!
A metáfora e excentricidade,
São um poder conjunto,
Unificado pela individualidade.
Ser assim, é ser normal.
É pensar de uma das formas
Mais iluminadas pela escuridão.
Galgar e derrubar dogmas.
Ficção poética, porque é poesia,
Porque toda a ficção tem um poder!
Adivinhar e confirmar o tempo.
Sonho instalações contemporâneas,
Vídeo, fotografia, escultura
Pintura e pensamentos extravagantes.
É anormal? Talvez sim.
São os meus pesadelos, que não tenho.
O desenvolvimento do reflexo
Que o antigo da mente, ri de si mesmo!
Transformar a metamorfose,
A evolução das similaridades,
O cosmos e a poeira térrea... Eu.
Interessante é a ideia da construção
Sublinhar a existência, amando a vida.
Amando quem amamos...
Sim!
A essência é o AMOR!


30JULHO2016

segunda-feira, 25 de julho de 2016

UM DIA DISSE




Um dia disse,
Lembro-me bem;
O espelho sépia,
A cortesia reflexa,
De mim, um Eu...
Nem eu sabia bem
O que via,
Nem sabia bem
Quem eu era,
Mas via e era.
Nesse dia disse,
Lembro-me bem;
Que o que via,
Num reflexo sépia
De um Eu esvaído,
Seria o futuro
Que nem sabendo bem
O que seria, era Eu
O que via tudo.
E não sabia.
E sou,
O que um dia disse,
Lembro-me bem;
Agora, da imagem
Meio sépia,
Branca e preta,
Um cinzento
Assumido sem cor
O pleno movimento,
E fiquei assim...
Comigo,
Sem saber bem,
O que um dia disse,
Lembro-me bem.
Sei o que sou,
Sei o que fui,
Sei o que serei!




24JULHO2016

UM SOPRO DE DESDÉM




Sei falar do passado,
Como contador de factos,
Como contador histórias.
Sei acordar adormecido,
E adormecer acordado.
É o filtro da realidade
Que me atrai sobremaneira.
Quero-te ver novamente,
Talvez a ultima vez por agora.
Os tempos que sobrepostos à lucidez,
Me trazem a dignidade ultrapassada
Por um sopro de desdém...
É o condomínio da hipocrisia.
Tudo vive junto, nesta sofreguidão
De um momento mágico,
Que não existe dessa forma.
Procurar é magia pura.
Descobrir o que não sonhei,
É a vitalidade necessária
A toda a realidade memorizada.
Infortunio, inacessibilidade, acaso,
Infelicidade, azar, demasiada estupidez...
Estou tão calmo!
Eu e Eu. Falamos demais e sim;
É assim que me sinto bem.
Deitado aqui esquecendo o Mundo,
Esquecendo os risos que viram choros,
Andares que se tornam arrastos,
Sonhos revoltados em camadas de pesadelos.
Esquecer essa parte da vida.
Esquecer o que a mente inventa e abusa,
Os momentos que me abstraio de mim,
Por impulso abusador do que não quero.
Mas vivo e acredito ser feliz!
É no acreditar que consigo sempre!
É!


24JULHO2016

BOM DIA MEU AMOR!





Sono profundo,
Som longínquo,
Gadget substituível.
A voz.
A voz doce,
O bom dia,
Um olá premente,
Simples,
Significativo!
A alegoria da hora,
O paradoxo do pensamento,
Sentir um crescendo.
Uma sensação,
Um pulsar maior,
O som, a voz...
Os sentidos unidos,
A liberdade.
Dizer que sim,
Que é hora fora das horas.
Que o sentimento,
É algo desnecessário falar.
O sorriso,
O tom de voz,
O espreguiçar inerente,
De uma adoração destinada.
Bom dia meu amor!


24JULHO2016

sexta-feira, 22 de julho de 2016

SER SIMPLES




Simples.
Simples.
Simples.
Ser simples.
Simplicidade.
É tão invulgar
Ser simples.

Ser invulgar.
Ser simples.
Simplicidade.
Seres tu.
Ser simples.
Simples.
Simples.
Simples.

Não é.
Não é simples.
Não é nada simples
Ser simples.
Simples.
Simples.
Simplicidade.

Não és simples
Porque és simples.
És simples
Por ser difícil.
Ser simples.
Simples.
Simples.
Simples.

És tu!
Ser simples
És tu!
Tanto
Como o quanto
Te quero.


Simples!


22JULHO2016

quarta-feira, 20 de julho de 2016

AUTOSUFICIENCIA





Agradecer é recomendação
De quem não esconde a vida.
É ouvir as ofensas de anos,
Agradecer às paredes amigas
O atravessar do portal.
Agradecer os Mundos que tenho
Paralelos ou Oblíquos ou nada.
É agradecendo que sorrio a
Um passado que não tem história.
Quando vejo notícias como hoje,
Onde milhares de crianças nigerianas
Podem morrer de fome, agora...
Meu Deus, quem sou eu?
Agradeço à genética,
Geografia e autossuficiência.
Agradeço aos Eus que me desatinam,
Num desassossego humano
Sem que o irreal vença.
Agradeço à liberdade!
A minha liberdade ganha por mim!
Agradeço a permanência
A um Deus que sou Eu
Num ponto interior rodeado por mim!
Agradeço ao pó de um cosmos
Que brilha no escuro dantesco
Que as Torres de Babel teimam manter.
Agradeço à vida o prazer,
Agradeço à vida o amor!
Agradeço À minha Alma o meu reencarnar!
Um limite multiplicado vezes sem conta.
Ultrapassado vezes sem conta.
Ser o que se é, rir do que poderia ter sido
Ou de tudo o que já foi, é agradecimento.
A mudança é o minuto que vem,
Já agora depois de há pouco,
Agora, quando já passou novamente.
Agradeço a esta corrida Universal
Estar vivo e amar tanto como amo!
Agradeço ao mEU Deus interior, tudo!



20JULHO2016

terça-feira, 19 de julho de 2016

CONFLITOS DO CORPO





O ondular da visão,
É o calor imenso
Que sinto.
É o conflito do corpo,
Todo o desejo
Aflito.
A sombra é generosa,
Não sendo a minha
É a tua
Que foge.
Frescura imaginária
No arder fechado
Dos olhos.
Suor incontido
Lágrimas falsas.
Calor.
Prazer incerto,
Vulcão petrificado
De seiva liquefeita
Que me entesa.
O ondular da visão,
É o calor imenso
Deste orgasmo.
É o conflito perfeito
O desejo do corpo
Satisfeito.
É a imagem
Transformada do dia
A sombra acolhedora e
Frescura que esvai a dor.
É o calor,
Que apetece e queima,
Se entranha e sua
Até ao espremer
De todos os nervos.
É o desejo que fica,
Neste desespero
Que o calor atrofia,
Que me encanta o sonho
Que sonho de dia.
É ao calor que fujo,
Mas amo, por ser teu!


19JULHO2016


segunda-feira, 18 de julho de 2016

A VERDADE ESCONDIDA





Preciso ficar louco!
Preciso urgentemente a loucura.
A real, louca mesmo,
A verdadeira, desligar o Mundo.
Há outros mundos que tenho!
Muitos, há muito...
Coordenados, geridos
Sentido de fuga concreta.
Já não chegam.
É o defeito do tempo,
Um efeito anormal incorporado.
Quero ver diferente,
Em tempo e espaço reais,
Sem lentes, sem virtualidade,
Apenas um novo espaço... Meu!
Meu, muito meu.
Tão meu, que o egoísmo vence.
Tão fácil não resistir à norma.
Tão saboroso desafiar a norma!
E eu! E eu! E apenas outro eu!
Espaços efémeros de auras maturas,
Sem cor, indolor, sem pouco
Sem pouco mais que nada.
Um pavio mergulhado no azeite
Lamparina de redundância secular,
O adeus de uma chegada qualquer.
O que quero fugir chegando,
Sem luta, sem guerra própria.
A saudade é gene incógnito,
É a viagem da alma,
Num corpo longínquo.
É a verdade escondida!
Ternura sábia, vaporizada
Em borrifos de essências eufóricas
Com a ingenuidade do prazer;
A impaciência feromónica
De impulsos a que me imponho.
Quero fugir da realidade!
Mas quero mesmo!
Mesmo provocando uma nova,
Fora de mim, comigo dentro.
Quero a verdade que está escondida!
Quero a verdade porque sou eu ela.
Quero tudo o que não tenho!
A teia que me cerca,
Não me agarra. Fujo confortavelmente.
Só me prendo a espaços abertos,
Demasiado egocêntricos por influência
Tão premeditada como a imprevisibilidade!
É fácil estar aqui,
Sem que percebam patavina do que disse.
Mas eu sei!
Sei de tudo!
Tenho a verdade escondida!


18JULHO2016


PÂNICO ACUMULADO





Violência gratuita,
Facto generalizado.
O brilho dos olhos,
Tremor dos dedos,
Um desabafo.
Suspirar a esperança,
O escuro que assusta.
Um canto da sala,
Esquina escura,
Chão frio.
Pânico acumulado,
Um mundo fechado,
Uma vida.
Nunca esquece,
A quem não finda.
Religiões e guerras,
Vitórias de medos,
Derrotas garantidas.
Quero estar sozinho,
Cada vez mais sozinho.
O Homem está doente,
Sem cura previsível.
E dói-me.
Ó meu Deus se me dói,
Viver sabendo de tudo,
Mortes irracionais,
Fins de vida prematuros.
Idade.
Felicidade.
A cura?!
Tudo me foge,
Sem chegar à loucura.



18JULHO2016

domingo, 17 de julho de 2016

A PELE DA LUA




Acabei de me banhar num lago sagrado.
Secreto, intransponível aos laicos.
Latos de incredibilidade, e falta de imaginação
O que agrada, pela escassez de frequência.
Mergulhei num lago de sal, imenso,
Cinzento, onde a minha pele amaciou.
É uma das crateras escondidas da Lua.
O mais interessante e maravilhoso,
É o momento em que a face descansa,
Nas mãos que sobreponho no limite do lago.
Sento o queixo nos dedos,
Foco a visão desacreditada,
E vejo um planeta de índole extrema,
De uma beleza quase indiscritível,
Se por acaso se desse o caso de não o conhecer.
É uma viagem rápida, uma noite
Que dura uns segundos. O tempo do sonho.
É chegar e louvar a vida,
Admitir que estar vivo é fantástico,
Mesmo sabendo que o nascimento,
É o princípio da morte.
É este intermédio que faz a diferença.
Viver! Viver sem ligar a oxigénio,
Viver ligando à Alma e memória.
Renascer, será diferente. É sempre.
Quero este pedaço que me cabe,
Explorado até onde consiga...
Ao máximo! De forma salutar.
É amar quem me ama.
Sentir o que sinto e amplificá-lo.
É ser eu próprio, sozinho ou não,
Mas livre!
Sempre e impreterivelmente,
Livre!
A Lua são os poros da minha pele.
E reduzo-me ao nano facto de me visitar.

17JULHO2016

sábado, 16 de julho de 2016

ESTA GUERRA




Os camiões da morte
São a crueldade que choro.
Há uma vida que escassa assim,
Uma vida humana em cada um de nós.
Há vidas trucidadas, por... nadas.
Horrível a imaginação do assassino.
Horrível a calma da execução.
É a inteligência em estado reverso.
Segurança, Liberdade, Irmandade...
Todas os ditos históricos mudam,
Tudo muda neste momento
Como o conhecemos por adquirido.
É triste?! É óbvio?! É esperado?!
É!
Era!
São muitos sim e talvez.
Estamos em guerra!
Aquela guerra, pior que todas
As outras guerras.
Estamos em desamparo,
Sem ideias e ódios crescentes.
Estamos perigosos,
Fugindo do perigo.
Estamos frágeis,
Ao encontra da força
Que não encontramos.
Estamos, somos, é, foi, era, talvez,
Será, porque, porquê, há, houve...
Tanta coisa que se distancia do Homem!
O Planeta fica, o Homem é dispensável,
Por ele mesmo
Que se fornica de forma masoquista.
Haja sapiência!
Haja indulgência!
Haja um olhar nos olhos de crianças
Nos risos que saem no meio das trevas,
Nos risos que só o poder do amor conquista!
Haja esperança!
(por favor...)


16JULHO2016


OS OLHOS




Os olhos!

São os teus olhos que me cegam!
Nada de hipocrisia de amores falsos.

Tu sabes!

Sabes que não sou o fora de mim,
De esperanças inaladas por sopros
De uma nascente de gárgulas doces.
As gárgulas acordam o mistério
E mistério é coisa inadmissível aqui!

Sabemos!

Há um perfume sem Marca
Que me faz sentir o mesmo arrepio
É a pele solta de frases fáceis,
De imaginação irreal e seca.

Sei que sim!

Que os olhos são portais
Que olhar-te, é abri-los
Na desmesura de uma Arte simples.

Amar-te!

É a alegoria dos indecisos,
A utopia de uma certeza nova,
O que sinto poe seres tu!

És o que sou!

Porque só o sendo,
Poderemos ser,
E somos, sim!


16JULHO2016


sexta-feira, 15 de julho de 2016

FALTA

Falta falar de tudo
Falta um pouco de tudo.
Falta o calor do Sol,
Quando sinto frio no Verão.
Falta o som sereno
De um mar turbulento
Que me acalme o impulso.
Faltará sempre algo.
Falto eu sozinho
Comigo de frente aos Eus.
Falta sentir falta.
Falta ter o poder da ajuda
Sem retorno de pequenos nadas.
Falta a criança louca
Por toda a inocência perdida.
Falta tanto
Para que não falte nada.
15JULHO2016

quarta-feira, 13 de julho de 2016

É SER PURO





Quando o tempo me trai,
É quando perco tempo pensando nele.
É a minha ida ao parque,
Uma passeata no Hide Park,
Os esquilos cinzentos,
Ás vezes vermelhos intrometidos,
Mas é o passeio.
O verde, o cheiro da relva
De preferencia recentemente cortada!
O cheiro, faz-me sentir um clímax
Um prazer aberrante de simplicidade!
É isso!
Aberrantemente simples.
Como eu!
Um palerma preocupado com tudo e todos.
Atingir o quê?!
Nada nem ninguém,
Pois o alvo serei sempre Eu.
Só quero prazer!
Uma dedicação natural
Tão simples e pura como o nascimento.
É o sorriso que coloco diariamente,
A criança que ri,
Que me dá tudo o que é puro
Simples e ainda inocente e intocável.
Ainda!
Eu sei que, é sempre o ainda.
O após, a após decisões,
Transforma o sorriso de Deus até!
Mas quero o cheiro do parque.
Quero o parque inanimado,
Calado com os berros e gargalhadas
De todas e quantas crianças possível!
E eu, num banco verde,
De madeira rija por não tormento,
Por não penitência, mas porque sim
Porque é ser assim que atraso o Mundo,
E a derrota de todos os seres humanos.
É ser puro que me faz ficar!



13JULHO2016

LUZ





Como poderá o Sol germinar?
Tudo é causa desse efeito,
E eu?
E tu?
Germinar a seiva?
Epopeia de paixões,
Ou fotossíntese de corpos?
Só a fonte do regato
Me trás um pouco de frescura
Só juntando a frescura do sangue,
Que é quente,
Mantém a pureza até estuar.
Somos rios, nascentes e gentes,
Somos nós por nascença
Por amor de toque ou nada.
Como te poderei responder a tudo?
Como te fazer sentir
O inimaginário das estrelas
O pulsar de brilhos inatingíveis
Nesta nossa pouca ingenuidade.
Quem serei eu sem ti?
Quem seremos nós vazios?
Só sentir é comunhão,
Um desfalecer de quê?
De nada! Absolutamente nada!
Quero que as sementes germinem,
Trigo e joio, de uma mó acometida,
De um fermentar interior,
Que me dê o que me dás.
É a flor do sal que me tempera,
É a mente que te espera,
Para que os corpos sejam opacos,
Que ninguém nos veja,
Apenas nós somos a transparência,
O palato e o tacto,
De nunca adormecer,
Dormindo!


13JULHO2016

sexta-feira, 8 de julho de 2016

NOVO MORRER DE VELHO




Sei do meu sangue,
Quente de saudade.
Sei da neve,
Que me arrefece.
Sei de memórias,
Que me amam
Como eu amo tanto!
Sei que no fim,
No filtrar da ansiedade,
Nada sobra mesmo,
A não ser a idade.
Sei do amor,
Por tantos que tive.
Sei de toda a dor,
Por ser equilíbrio.
Por isso quero cair,
Sair de sensações,
De volta a uma base,
Isolado do mundo,
Porque o meu mundo,
É tão único, como eu!
Os dias correm,
As horas murcham,
A pele envelhece.
E então?
Não vejo nada de novo.
Não sei sentir pouco,
Nem aqui, nem ali,
Nem no corpo,
Muito menos na Alma.
Só quero ouvir acordes,
Ébanos e marfins,
Desde quando era novo.
E de agora fico,
Como Deus infinito,
Sem atingir o meu Ser.
É o amor que sorri,
Que me dói aqui,
Porque sempre o pedi,
Mesmo quando fugi.
Tantos i'sss...
Tantos Eus que não
Ou às vezes que sim.
Só a criança é certa,
Verdadeira e fiel.
Só isso eu sou,
Porque morri de velho,
Muito novo!



07JULHO2016

NÃO PEÇO NADA DEMAIS




Sei dos antepassados,
Anciãos avós e Sabedoria,
Tanto amo o povo,
Como amo o mar.
É nas escarpas que vejo,
Que cheiro e sinto.
As árvores,
Muralhas de sal,
Ansiedade e sobrevivência.
Tudo é natural,
Como a minha sede e desejo.
O pôr do sol, a quietude
A ausência de um beijo.
O abraço, o que é necessário,
O sorriso, reflexo do que existe,
Se é que existe, como existe o Sol.
São dias intemporais.
Eiiiii, dêem-me a paz.
Quero paz emocional,
Como a inteligência, reflexa.
Sem coeficientes,
Tão secundários como a fome!
Sem comparar inteligências
Não peço nada demais!
Apenas preciso de ti!



07JULHO2016

terça-feira, 5 de julho de 2016

BRONZE



A face disforme
É a primeira fase.
É a escultura mole,
Criação do molde.
É a base,
Tudo o que existe,
O nada simples.
É feição
Sorriso e freio
Solícita alegria.
É o molde,
O invólucro real
A imagem disforme.
É o canal que fica
O metal alquímico
A alma certa.
É a fundição,
O Bronze amado,
Os túneis do pecado
A escultura.
É encher de vida
A vida!
É o amor!



05JULHO2016