Um dia disse,
Lembro-me bem;
O espelho sépia,
A cortesia reflexa,
De mim, um Eu...
Nem eu sabia bem
O que via,
Nem sabia bem
Quem eu era,
Mas via e era.
Nesse dia disse,
Lembro-me bem;
Que o que via,
Num reflexo sépia
De um Eu esvaído,
Seria o futuro
Que nem sabendo bem
O que seria, era Eu
O que via tudo.
E não sabia.
E sou,
O que um dia disse,
Lembro-me bem;
Agora, da imagem
Meio sépia,
Branca e preta,
Um cinzento
Assumido sem cor
O pleno movimento,
E fiquei assim...
Comigo,
Sem saber bem,
O que um dia disse,
Lembro-me bem.
Sei o que sou,
Sei o que fui,
Sei o que serei!
24JULHO2016
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