segunda-feira, 25 de julho de 2016

UM SOPRO DE DESDÉM




Sei falar do passado,
Como contador de factos,
Como contador histórias.
Sei acordar adormecido,
E adormecer acordado.
É o filtro da realidade
Que me atrai sobremaneira.
Quero-te ver novamente,
Talvez a ultima vez por agora.
Os tempos que sobrepostos à lucidez,
Me trazem a dignidade ultrapassada
Por um sopro de desdém...
É o condomínio da hipocrisia.
Tudo vive junto, nesta sofreguidão
De um momento mágico,
Que não existe dessa forma.
Procurar é magia pura.
Descobrir o que não sonhei,
É a vitalidade necessária
A toda a realidade memorizada.
Infortunio, inacessibilidade, acaso,
Infelicidade, azar, demasiada estupidez...
Estou tão calmo!
Eu e Eu. Falamos demais e sim;
É assim que me sinto bem.
Deitado aqui esquecendo o Mundo,
Esquecendo os risos que viram choros,
Andares que se tornam arrastos,
Sonhos revoltados em camadas de pesadelos.
Esquecer essa parte da vida.
Esquecer o que a mente inventa e abusa,
Os momentos que me abstraio de mim,
Por impulso abusador do que não quero.
Mas vivo e acredito ser feliz!
É no acreditar que consigo sempre!
É!


24JULHO2016

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