quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

PERDER TEMPO



Nao posso...
o tempo que perdi.
Nao posso...
nao posso perder.
Perder o tempo.
Coisas futeis...
O tempo e precioso,
curto e facil.
Nao posso...
Nao quero perder,
nao vou perder mais
todo este tempo...
Argumentacoes vas,
discussoes elementares.
Nao vale a pena.
O tempo e curto...
A vida foge,
em pequeno e futil sopro,
que se esvai... simples
num piscar de olhos.
Nao posso...
Nao quero.
Nao vou...
perder mais tempo.
Quero-te a ti.
Sem segredos,
sem medos.
Hoje...
O tempo todo!.


29 FEVEREIRO 2012

O VENTO



O vento...
O vento esta triste.
Sopra de soslaio,
levemente,
sem forca.
Sopra lento,
o vento...
Suaves brisas,
em solidao,
sem a atitude
do vento.
Tem dias...
Zangado,
e poderoso.
O vento...
Sopra mares vivas,
em tempestades.
Fecha-me os olhos
em sofrimento.
O vento...
No seu alento,
Acaricia com amor,
Destroi em mau prazer.
O vento...
As brisas suaves,
no calor do verao.
O empurrar das folhas,
no choro das arvores.
A malicia das tempestades,
em vestes que me agasalham...
O vento...
O vento sou eu...
Es tu...
E o Mundo.

29 FEVEREIRO 2012

SER FELIZ E POSSIVEL !



Sentei-me no parque.
Aqui perto de mim,
num banco corrido,
a vida... evidente alegria.
A felicidade,
o burburinho...
e os cheiros.
As cores...
a minha volta,
os movimentos,
presencas estaticas,
e o meu silencio...
Observo...
Calculo os valores,
imagino se classifico
o grau de ser feliz.
Nao consigo...
Sei que ser feliz
e o momento.
O sentir de cada um.
As criancas,
as aves,
os esquilos...
tudo a minha volta.
Tudo olha com gestos
sem palavras,
desconfiando...
da minha felicidade.
Nao sabem...
Nao imaginam,
o quanto bem me sinto,
sozinho,
na imensidao de ser feliz.
Observo felicidade,
nas flores que me sorriem,
no titubear de pequenas aves,
e no sorriso das criancas.
Um parque cheio...
Cheio de harmonia.
Gratificante,
e uma licao...
Basta procurar...
Basta estar vivo...
Ser feliz e possivel!

29 FEVEREIRO 2012

FEICOES DA NOITE



Acordo com uma certeza.
Vontade tua, do teu corpo.
As feicoes da noite,
Os cheiros da cama usada,
Os lencois em desalinho,
beijar-te...
Por longos momentos,
beijar-te...
O envolver suave dos corpos,
o reclamar das pernas,
o fogo em novos enlaces.
E as maos...
as maos que nao param.
As bocas fundidas,
em pequenos impetos.
Linguas destemidas,
em ataques ternos.
Pequenos toques,
em labios macios.
Um mordiscar de sabores.
Sentir os teus peitos,
enrijar nos meus.
E amar-te...
De manha,
como ontem...
E todos os dias.

29 FEVEREIRO 2012

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

SAUDADE



Sinto-te triste...
Sinto-te longe...
Esta distancia cruel.
Sei que me sentes...
Este meu ombro,
um teu conforto.
Penso em ti,
nos teus beijos,
na nossa pele
que se mistura.
A tua ternura,
o meu abraco.
Sorri..
O teu sorriso.
Um reflexo de luz,
num diamante.
Sei que sabes,
a saudade...
A saudade finda,
nos beijos intensos,
por mais uns dias...
Os nossos desejos,
ferteis no vazio breve,
no selar dos beijos
desta ausencia.
Esperas por mim,
no cheiro do mar,
um passeio,
a brisa que te toca.
Sou eu...
sou eu que chego.
Pelo vento,
e pelo mar.

29 FEVEREIRO 2012

O MUNDO FICA



Girei o mundo ao contrário.
Apeteceu-me.
Curiosidade.
O pânico.
O Caos,
Na ponta dos dedos.
O Behaviorismo perdeu-se
Por breves momentos.
Troquei formas e hábitos.
Tudo parou.
Entre os olhares sisudos,
Muitos sons mudos,
Estáticos de espanto.
O que fazer?
Perguntou o Mundo?!
Na dúvida da diferença,
Perdeu-se a indiferença,
Criou-se o encanto.
O Homem mudou.
E como uma máquina,
Programada,
Previsível,
Mudou o ritmo.
O ritmo do hábito.
Olhar os outros,
Copiar diferente,
Sem dar nas vistas.
Troquei o ritmo,
Mudei a distância,
Prolonguei o tempo.
Nada mudou.
Criou-se o hábito.
Um novo hábito.
E o Mundo girou.
Tudo muda,
Tudo se transforma,
Mas o Mundo,
O Mundo fica.

29 Fevereiro 2012

ACORDAR



Ceu cinzento... sem cor,
Ajeito a minha alma vazia.
Acordo devagar...
Despenteado e estranho,
sorriu ao espelho.
A agua fria... o acordar.
Pensar... um dia novo.
Estar vivo...
Olhar o ceu...
Pinta-lo de azul.
Uns toques brancos,
onde o veludo das nuvens,
me visitam e tocam a pele.
Uns pingos de cor,
cresce o calor,
e um Sol ardente.
Sorrir na imagem,
as alegorias que penso.
Um aroma quente,
o cafe que me invade,
e activa as entranhas.
O corropio das gentes,
o circular dos ponteiros,
semblantes tao diferentes.
Alegrias e tristezas,
paixoes e odios,
reflexoes e loucuras...
As faces de todas as gentes.
Acordar para o dia,
encher o peito de coragem,
enfrentar o que faria,
sorrir... a minha imagem.
Sair...

28 FEVEREIRO 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

EM TELA PINTADA


Uma tela...
Limpa...
Branca...
Pura...
As minhas maos,
o sentir dos poros.
Cores...
Sabores...
Amores...
Um pincel.
Tons quentes,
da cor da tua pele...
O avermelhado,
os rosas do teu intimo.
Tocar-te de leve.
Um espalhar de tinta
que tu recebes...
em prazer.
Uma imagem.
Nao sei qual...
Mas que sai.
Que vai ficar.
Pintada por mim,
na tua tela branca.
Em tons quentes...
Os dois...
Um quadro intenso.
Um pincel molhado,
imagens que espalho,
as cores que te dou.
Em Tela Pintada

27 FEVEREIRO 2012

domingo, 26 de fevereiro de 2012

HOJE E FACIL ...



O que me apetece...
Hoje e facil!
Momentos de paz...
Sentir que estou bem.
Acordar na leveza do sol,
na agressividade do brilho,
no aquecer da minha pele.
A energia que sinto...
Interior em luxo,
de paixao sem ardor.
Imagem de uma mulher...
Longe, sozinha...
Comigo no peito,
em comunhao d'almas.
O poder da harmonia,
saber o que faria,
sabendo que assim existem,
contigo... estas tardes calmas.
Deixar-te cair nos bracos...
nos meus, com todo o jeito.
Uma praia deserta,
os dois sentados,
pernas entrelacadas,
em cumplicidade afoita,
dos ventres que se tocam.
Sentir-te...
Beijar-te vezes sem conta,
enquanto o Sol desiste...
Ve-lo esconder-se,
em tons quentes,
que nos relaxam,
em pedacos do horizonte.
Falarmos em sorrisos,
sem assuntos precisos,
somente o que nos une.
Ao acordar hoje pensei...
Hoje e facil... isto e
O que me apetece!

26 FEVEREIRO 2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

UM POUCO DE MIM


Um pouco de mim.
Talvez a calma... o desejo.
Pensar e sentir o mundo.
Sorrir e chorar...
Um pouco de mim...
O estar aqui.
Escrever...
A sensacao de vazio...
A imensidao do imaginario.
Um infinito de prazer,
sem qualquer limite.
A verdade.
Um pouco de mim...
Uma mulher que amo.
Os meus livros...
a minha musica e
os meus escritos.
As criancas.
Um pouco de mim...
A Fome...
As Guerras...
O Abuso...
Tudo isto eu sinto.
tudo isto se torna,
Um pouco de mim...
Como o amor.
O que tenho,
o que me dao...
O que quero dar!
Que eu morresse aqui,
se resolvesse os males,
ao poder dar... sem trocas,
por varios pedacos...
Um pouco de mim!

25 FEVEREIRO 2012

VAMOS...


Sera a hora certa.
Chegar a um ponto,
marcar um encontro,
e gostar do que vejo.
O melhor momento,
um tom de encanto,
um pestanejar,
e o verde dos olhos.
Um ola...
Leve... terno e simples.
Encostar as fontes...
Atraccao e um beijo,
o calor dos labios.
O sentir a pele,
o veludo, o tocar.
Mais intimo ainda,
as linguas, loucas.
A saudade, o seu final...
O previsivel ja perto,
corpos que se pedem,
maos que o assinam.
O confirmar do agora,
gemidos proximos,
rapidez da demora.
Vamos...

25 FEVEREIRO 2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PENSO EM TI



Penso em ti...
Nos momentos.
Na saudade.
As horas felizes,
na realidade.
A distancia,
que separa,
mas nao existe.
Em horas de alegria,
e no momento triste.
Tudo e oiro...
Tudo e precioso,
so porque existes.
Um sorriso teu,
as palavras doces,
um beijo meu,
um anjo fosses.
Um abraco,
o tocar de faces.
Os labios... um toque,
humidos de vontade.
Quero-te aqui,
sempre comigo.
Um ombro certo,
um porto d'abrigo.
Beijo-te...

24 FEVEREIRO 2012

BOA NOITE

Chegou a hora.
Algo por contar.
Um cérebro vazio.
Uns dedos teimosos.
Esta folha por sujar.

Tenho sono.
Já não penso direito.

Quero sentir.
O cheiro a folha.
Papel e,
coisas escritas.

Nada para dizer.
Nada por dizer.
Só "boa noite".

Apetece mesmo,
mesmo, mesmo,
é dormir.

Descansar os dedos.
Guardar os segredos.
Fechar a alma.
Fechar os olhos.

Sonhar.

Boa Noite!

24 Fevereiro 2012

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

MAIS UM DIA


Mesmo com frio.
Vejo-te mar.
Sossego e areia
entranhada na pele,
um cheiro seco,
acre e doce.

És maresia.

O mar que me toque,
que chame por mim,
que seja sempre assim.
Imparável.

Constante.
Irresistível!
Suave,
meigo e até amigo.
Deslumbrante.

Pequenas ondas,
pequenos sons,
o seco e o molhado,
a espuma.

Pés descalços,
um arrepio.

Sensação viva,
um toque molhado.
Sentir a pele.
Sentir o corpo.

Moldar a areia.
Sentado.
Desenhar um nome.
Pensar um pouco.

O horizonte.
Os dois azuis misturados.
Sentir saudade.

O amor,
se fica, se vai,
fica a verdade.

Mais um dia...

23 Fevereiro 2012

DIAS LEVES


De algumas coisas tenho a certeza...
Que estou vivo ao acordar.
Que sinto vontade imensa de hoje.
Que te tenho sempre dentro de mim.
As historias por contar,
Os segredos que tu me pedes,
Nao existem...
Existe uma historia por criar,
segredos por encontrar,
e guardar...
Numa caixa do tempo,
que enterraremos,
para mais tarde desenterrar.
Existes tu...
Uma brisa de ar puro,
que alimenta a minha calma.
Sigo-te simples,
sempre que acordo.
De olhos fechados,
encontro o teu cheiro.
E de manha,
ao acordar,
amo-te com alma.
Dias leves,
felizes...
a dois.

23 Fevereiro 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O GRITO

Hoje tropecei ao encontro do nada.
Cai sem aparato, no sossego de um chao aveludado,.
Um chao onde muitos caem, onde o habito amolece.
Nem fico de anseios de partir, nem de movimento.
Fico relegado ao sentimento que nem por isso sei...
Gosto de pensar nas diversidades.
No desalinhamento constante dos habitos.
Espicacar o trivial, para que o desuso se renove.
Apetece-me chegar ali ao fundo...
Aquela montanha que vejo... e escalar a encosta.
Cheirar a diversidade vegetariana, em cortes e golpes
que as giestas em vinganca, teimam em me cravar bracos e pernas.
Sobrevivo, mais vivo ainda.
O ardor... a dor anima e rejuvenesce o sentimento.
Escorrego, raspo as maos e os bracos.
Pequenos rasgos de pele com uns tons vermelhos assumados,
dao-me de presente uma imagem de vida em mim.
Estou vivo... o sangue circula e sai.
As pedras rebolam encosta abaixo,
e no meio de uma poeirada imensa
ai esta quando senao, chego ao cume da serra.
A minha meta...
Um encher fantastico, da minha cavidade toraxica,
renova-me o poder das sensacoes.
Expelir ares usados, inspirar o bem que me sabe.
De novo me lembro o porque de todo este esforco.
O chegar ao alto.
O conquistar um pouco do mundo, que e so meu.
Agora sim e a minha vez...
A minha vez de gritar com o mundo.
Daqui do alto...
Olho a toda a volta, o tudo que me rodeia.
Do nascente ao poente,
e ate aos antipodas do horizonte.
Sento-me de cocoras, na minha forma fetal.
Salto de um todo de pernas e bracos abertos,
em extencao do cume desta serra.
E grito...
PAZ!
QUERO PAZ!
QUERO PAZ NO MUNDO!
Deixem-me viver descansado.


22 Fevereiro 2012

ESTAS AQUI!



Tenho esta sensacao...
Um tremor quente.
Sinto um arrepio,
de olhos abertos,
e este sonho que
me percorre lento.
Olho-te aqui...
de frente,
junto de mim.
Neste pequeno vazio,
de um abraco...
Que te sinto,
um aroma...
Este momento.
E o meu peito,
em aperto de ti.
Pequenos suores,
frios intensos.
Deslizar por ti,
ver todas as cores.
Um beijo,
um toque,
o cheiro.
Estas aqui!

22 Fevereiro 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

TEMPERO DA VIDA


Um pouco de tempero...
Umas pitadas de companhia.
Umas raspas de solidao.
Uns pingos de alegria.
Sem medidas... so de mao.
Somos o que somos,
derivados de motivacoes,
formas estranhas de pensar,
decisoes e afirmacoes.
O tempero... troca de sabores.
Como todos nos trocamos.
O conduto sera o mesmo,
o paladar alterado,
o gosto derivado,
em conflito de emocoes.
Os paladares da vida,
sao sementes que plantamos,
sao imagens que criamos,
sem forma certa e definida.
O amor... o tempero certo.
Um paladar sincero,
provar de coracao aberto,
ser feliz... sem desespero.
Umas pitadas de amor,
uns pos de encanto,
um doce sem pudor,
temperar o desejo,
nas camadas de um beijo.
Este o meu tempero,
o amor que me sustenta.
Tempero da vida...

21 Fevereiro 2012

UM ANJO


Penumbra excitante.
A tua cama.
A luz trepida e cintilante,
um aroma de baunilha,
e as velas que queimam.
O crepitar da minha vontade,
no desejo que me assalta.
Ver-te despir...
O tremer de luz,
nos arrepios do teu corpo.
As roupas... caem.
Abandonadas por ti,
ao encontro do meu corpo.
Petrificado... pela docura,
excitado pela ternura,
dos beijos que por mim,
percorres como mel.
Os teus labios quentes,
os beijos ardentes,
fragilizam como gel,
a minha serenidade.
Assalto-te em sofreguidao,
de toda a calma,
de toda a minha paixao.
Desco-te por mim,
ao sentir peles que tremem,
dedos de maos apertados,
e sonhar nao ter fim.
Os gemidos que damos,
carnes amolecidas,
que se transformam...
que se tocam.
O extase de tudo,
tudo o que o amor pode dar.
Entrelacar de pernas,
abracos e bocas,
um pandemonio de cheiros,
e vontade de entrar.
Passam os minutos, muitos
em ventres batidos,
entregues dos dois.
Das-me tudo,
dou-te tudo.
Trememos em extase final,
um conjunto delicado,
sem ser no pecado,
mas em amor carnal.
Recuperar do vazio,
que tao cheios ficamos,
os beijos infindos.
O silencio das palavras,
em declaracoes dos olhares.
O limite e o ceu...
Sem asas para voar.
Esta alcova,
minha memoria.
Presos os dois,
ficamos juntos.
Eu...e
Um Anjo

21 Fevereiro 2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

SER FELIZ E O MOTIVO



Que bom que e ser feliz...
A suavidade das horas,
o passar do tempo.
Nao sentir o pesar da idade.
Acordar todos os dias,
respirar felicidade.
Sem escarnios,
sem desdens,
ha uma vida que passa,
que deixa-mos para tras.
Filtrar o que fica,
usar o que e bom,
no dia e na memoria.
Ignorar o estranho,
Eliminar o que tormenta.
Mas nunca esquecer...
nunca esquecer o que doi...
Para que nao volte a doer.
Mas a vida e isto...
Amar... sentir os outros.
Sorrir a quem nao conhecemos.
Ajudar quem precisa,
ate num simples gesto.
Ouvir quem precisa,
ser amigo...
Sempre que seja preciso.
O mundo gira sempre,
nao para...
nem nos deixa parar.
Somos o mundo,
o que somos fazemos,
o que nao somos faremos.
Mas hoje e dia...
Como todos os dias,
que serao de alegria.
Vamos sorrir... parar,
pensar em conjunto.
Hoje e sempre,
ser feliz e o motivo,
o motivo de estar vivo.
Ser amado e amar.
Para Sempre...

20 FEVEREIRO 2012

O SER EU...



Desviar o olhar.
Olhar para o que me anima.
Olhar por cima,
de lado... ou
de qualquer maneira.
Nao procurar nada...
Mas olhar.
De que forma... de frente,
ou nao...
Interessa o que se sente,
nao a forma de gostar.
Um retrato,
uma flor,
uma janela aberta...
Nao importa o que for,
desde que seja amor...
Uma descoberta.
Amar de tantas formas.
Tanto poder existe nisso!
Amar um rio que corre,
segurar as aguas que fogem,
a impossivel atraccao,
que nos foge entre dedos.
E por fim sentir...
Sentir que nada fica.
Mas amar...
Amar o que se sente.
Sentir esse poder.
O toque do vento,
a pele que reage,
mesmo que frio,
sinto amor,
sinto vontade.
Os sentidos.
Os momentos.
As vontades.
O ser eu.
Aqui...


20 Fevereiro 2012

MÃES DO MUNDO



Nao estou cansado!
Nem animado!
Nem triste!
Nem tão pouco mimado.
Pensativo.
Apenas. E só,
Pensativo.

Os porquês.
Os motivos.
A vida só por si.

Todo o ser humano.
Alegria de viver.
Poder estar aqui.
Mover montanhas,
ultrapassar obstáculos.
Sei o cheiro do mundo limpo.

A maternidade.
O meu amor pelas mulheres.
Benditas!
Fantásticas!
Mães!!!!!!!!!!
Todas as Mães!!!!!!!!!!

O poder da criação,
O ultrapassar a semente.
Sentir dentro do corpo,
um novo órgão
em todos os poros.

Simples respirar.
Um ser único.
Só uma mãe sabe!

A criação.
O corpo dentro do corpo.
O poder de hoje,
a entrega do futuro.
O amor eterno,
o puro desejo.

Como vos invejo!
Não há maior poder!
O poder, é ser mulher.

Escrevo isto,
por tua culpa,
minha mãe.

Porque me respiraste,
me alimentaste,
me pariste.

É demasiado poderoso,
este poder!
Amo todas as mulheres!
Amo todas as mães do mundo!

20 Fevereiro 2012

AS GOTAS



Sentado escrevo...
Um copo de vinho.
O amor... estar sozinho.
Como me assaltam imagens.
Talvez Baco me toque,
em vapores quentes.
Os amores presentes...
em ti, as minhas viagens.
Penso em ti...
As gotas que escorrem,
sobram nos teus labios,
que eu bebo.
Nao deixo nunca...
nao quero que se percam,
nem uma so...
As tuas gotas caem,
e meus labios bebem.
As tuas,
do teu fluido...
As minhas,
te entrego perdido.
O vinho na tua pele,
as gotas grossas.
Os carreiros molhados,
que ficam marcados,
na lingua mexida,
que as persegue.
Que persegue essas gotas,
as gotas que eu bebo,
as do vinho,
e as outras.
Quero o teu corpo.
Quero o teu liquido.
Quero beber-te ate ao fim.
Agarrar-te em apertos...
os apertos que me das,
e me consomes.
Das-me tudo...
Tudo o que sabes eu quero,
perdes-te em prazer seguro,
no que te dou,
e o que me entregues.
Quero-te ate ao fim...
Quero que acabemos assim,
saciados e inanimados.
Perdidos no prazer,
que sempre temos,
na ansia e no poder,
de em amor,
estarmos abencoados.
Quero-te assim...
Sempre!

20 Fevereiro 2012

O PARQUE INFANTIL


Gritarias de alegria,
Sussurros de maes sentadas.
Risadas e choramingares...
Comentarios do dia,
De outros dias... de ontem.
As historias de orgulho...
O crescimento que nao para.
As gracas que ficam na memoria.
Sons de rastejar pes em gravilha;
Correrias loucas de energia.
Um parque infantil;
Alegria.
A felicidade pura das criancas.
A amizade facil e sincera.
Amigos a todos os recantos.
Festas, beijos, e ...
estaladas, palmadas...
umas serias, ou ate nao.
Agressoes que nao agridem.
A simplicidade do sim ou nao.
A ignorancia do se...
O desprezo do talvez...
O amor puro de uma mae.
O mimo reflexo de um filho, feliz.
Uma imagem ...
Um banco de jardim,
Este onde observo sentado,
O amor...
Supremacia de viver!
O prazer de ser feliz...
A alegria da felicidade.
Simples.
Basta olhar.
Mesmo de longe...

20 Fevereiro 2012

sábado, 18 de fevereiro de 2012

TAO DIFERENTE


As pedras da calcada...
na mesma estrada,
na mesma rua,
ando, ando... porque ando.
apenas olho o chao,
apenas por habito.
E tao facil ver mais...
Coisas bonitas, sao tantas.
Um levantar de cabeca,
o tao simples,
abrir os olhos,
focar o evidente.
Destinguir o diferente.
O que esta a frente,
nao significa nada.
O habito.
O mesmo sitio...
Olhar para cima,
coisas novas...
coisas diferentes.
Novas cores,
novas formas,
outros cheiros.
A vida nova.
Na mesma rua,
na mesma estrada,
na mesma calcada.
Como o mesmo...
se torna simples,
e tao bom!
Tao diferente...


18 Fevereiro 2012

O NEVOEIRO



Estranho a nevoa...
de manha ao cheirar o ar.
Fresca, aspera e obscura.
Mas o cheiro... e bom!
Puro, maduro... e frescura.

Cheira como a tua pele,
a que eu sinto e nao vejo.
A tua silhueta,
como miragem,
ao romper do dia.

Imagino em remoinhos,
o nevoeiro que te cerca.
No ar que tu tocas,
no teu passo certo.
Parece vapor e nao frio.

A nevoa... o vapor,
eu ja me arrepio,
ja nao sei se e calor,
o que antes era frio.

Vejo-te nua, de frente
sem complexos em mim..
O sol torne em sombra,
que eu agarro assim,
mas... desapareces.

Agarro-me a nada...
ao esvair da tua imagem,
sozinha e perdida,
voltas a estrada,
e segues viagem.

Sigo-te em sonho.

Abraco o teu tronco,
aperto-te em mim,
um beijo ja pouco,
teu cheiro... eu louco,
te penetro assim.

O nevoeiro voltou...
cobriu-nos os corpos,
tapados ficamos...
cansados... aqui.

Corremos os montes,
a tristeza dos outros,
que nao temos de nos.

O infinito de um beijo,
quebrou o dilema,
se nevoa e quente,
ou frio o poema.

Ficaste comigo,
e o nevoeiro...
e mais um amigo.

18 Fevereiro 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

O MEU DESEJO

O desejo...
O requinte da vida.
Nao de coisas e loisas,
mas de pele e um beijo.
Adrenalina suave,
que o quimico oferece...
Um espreguicar sem nervos,
uns espasmos tremulos,
e o meu corpo que aquece.
As formas e os desejos.
O amor presente,
o sonho ausente,
as imagens me assaltam.
O teu corpo nu,
as tuas maos que me tocam.
Fazes crescer o que tenho.
Uma fome danada,
uma imagem risonha.
A nudez acompanhada,
de mim e quem sonha.
Quero o desejo, sempre...
Faz parte de mim,
e do meu respirar.
Sentes que te quero ter.
Sentes o que te quero dar.
O desejo...
A luz do prazer...
O caminho facil do poder.
Quero que me sintas,
me puxes as maos,
me pecas um beijo...
Que nao pares de pedir,
morder labios... sorrir,
todo o meu desejo.

17 Fevereiro 2012

UM CANTO DE SEREIA



A saudade que tenho!
A falta do teu canto...
O teu canto de sereia.
Que o mar revolto fosse,
Que Neptuno zangado estivesse,
Surgindo em revolta de ciume,
Contra a minha vontade.
Que o poder do Tridente,
Semeasse tempestades...
Eu ouviria o teu canto.
Ouviria o teu canto de sereia.
Mesmo que naufragado...
Mesmo que perdido
Em aguas profundas,
Fugindo a misticismos
De enormes gigantes...
Ouviria o teu canto...
A minha sereia.
Que seja eu Homero,
Numa nova Odisseia.
Que lute contra monstros,
Ventos e mares.
Voltarei sempre...
Sempre que oica o teu canto.
Esse murmurio constante,
Que me adorna o ouvido.
Esse sangue doce,
Que me ferve as veias...
E o teu canto.
O meu encanto.
Um canto de sereia.


17 Fevereiro 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CARPE DIEM




Talvez uma lembrança.
Nostalgia e um abraço triste,
pelas alegrias que me separam.
Talvez um dia.
Um sol fausto de memórias e,
um mergulho no meu arquivo.
O desfolhar das páginas.
A minha paisagem.
Uma árvore.
Folhas caidas,
o desfolhar,
uma nova imagem.
A idade do saber.
Pensar no presente,
imediatamente!
Um restauro de vida.
Recuperar os bons momentos.
Pintar novos quadros e,
encher telas de felicidade.
As minhas cores.
Os meus traços simples,
uma nova obra d'arte.
A vida.!
Os sonhos de quem não sonha.
De quem sonha novos sonhos.
A paragem no tempo.
Os que não tentam.
A força do mais,
a alegria de viver,
o vício do amanhã.
O real.
Simples e suave.
Um só dia,
de cada vez.
Todos os dias.
Carpe Diem.

16FEVEREIRO2012

ESTE MAR...


Espuma branca...
Um vai e vem ondulado.
A comunhao de espaco.
O mar e a terra.
A rocha teimosa,
que nao sai do caminho.
Gaivotas que gritam,
ao cruzar dos ventos.
O veludo da paisagem,
em tela que tantos pintam.
Naturalmente me envolvo,
em voo raso do meu sonho.
Resisto a nao partir.
Quero ficar aqui,
sentado neste banco branco.
Para que deixar este sentir?
Para que partir?
Esquecer conflitos da vida,
trapaceira e divisoria.
A maresia,
o cheiro do mar.
Escrever uma pequena historia.
Encher o peito...
Ficar, ou partir?!
Sair do corpo e voar.
Acompanhar uma gaivota,
e faze-la gritar.
O frio do vento que me envolve.
O arrepio que me assalta o corpo.
Estar vivo...
Sentir!
O coracao pede que fique,
num calor de toque terno.
O que faco?
Nao sei...
Quero ver o mar.
Porque nao ficar...

16 Fevereiro 2012

LENCOIS ENRUGADOS



Acordo sozinho...
A ansia de te encontrar,
assalta-me o desejo.
Procuro o teu corpo,
nao te encontro...
Apenas nada...
Lencois enrugados,
no teu perfume.
Vazios...
Vazios de ti.
Sonho o amor que fizemos.
As peles suadas,
coladas em cheiros intensos.
Os toques macios,
a tua boca de mel,
os beijos doces.
Ao beijar-te o corpo,
pequenos beijos mansos,
e intensidade selvagem,
a felicidade sorri.
Dentro de ti,
arqueias o corpo,
em abracos fortes,
na ternura do momento.
A fragilidade dos sonhos...
Sonho contigo assim,
ao acordar sozinho.
O teu sorriso,
palpitar do meu peito.
Gostar de ti!

16 Fevereiro 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

LIBERDADE



Ser livre...
O Pensamento!
A Liberdade...

Sentir a Liberdade e facil...
Tudo nos podera ser retirado,
amordacado,
aprisionado,
mas a Liberdade nao!

A Liberdade esta no Pensamento.
Basta pensar que somos livres...
O imaginario que nos agradece,
que nos oferece tantas imagens.

O sonho...
Sonhar que somos livres,
transporta-nos para um mundo,
um outro mundo...

Sem horarios,
Sem compromissos,
Sem tristeza,
Sem pobreza.
Sem idade.

A pura Liberdade!

O poeta e quem a vive...
intensamente,
sempre que escreve.

Ser poeta e ser livre!

Todos os dias,
mudamos o nosso rumo,
basta sonhar!

Ser livre ao pensar!
Ser livre ao sonhar!
Ser livre ao escrever!

O poeta vive em Liberdade!

15 Fevereiro 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

CARTA QUE NAO ESCREVI


Hoje,
dizem eles...
dia de namorados.
As cartas que se escrevem, so porque sim...
As palavras que nao se dizem, mesmo que escritas...
Os amores que existem, mesmo sem ter vontade.
Tudo junto,
em brilhantismos de infantilidades,
ao tentar chegar a maturidades inatingiveis.
Acho engracado o poder.
A civilizacao direccionada.
Mas, em mim...
Mas, em nos...
Mas em tudo o que te digo,
nao consigo a expressividade necessaria,
para que ao me leres, saibas
que estas ditas infantilidades,
nao teem nada a ver connosco.
Sabes que nao sou sofisticado,
mas que te amo na minha humildade.
Sabes que apesar de nao entrar em rodopios,
nem remoinhos de palavras faceis,
tenho uma so corrente de destino.
O meu destino...
A corrente onde palpita o meu sangue...
Es tu! o destino...
Nao te dou chocolates adocicados,
nem rosas pintadas de beleza.
Entrego-te assim,
so por mim,
a minha e tua pureza.
O amor que tenho por ti.
Hoje, e sempre...
Amo-te!

14 Fevereiro 2012

VEM...


Sigo sozinho...
Distanciado de trivialidades.
Tento...
Tento tanto que hesito.
Penso na diferenca da realidade,
em pequenos toques de utopia fina.
Recordo tempos de alegria,
essa... que nao deixei de ter,
que sempre houve de outras formas.
Outras formas de vida me afagam,
o potencial permanente,
da minha vontade.
O amor que nao desaparece...
Reflectir permanentemente,
em sensacoes casuais,
o transporte facil de zonas frageis.
Existo no meu rejuvenescer.
Ressurjo de nadas,
que enchi de tudo,
e guardei tao pouco.
A consciencia...
nesta realidade de sempre.
A serenidade de dar um grito,
de poder infinito.
O querer dizer ao mundo,
de forma intensa...
O amor que tenho!
O amor que existe!
O amor que es tu!
Vem...

10 Fevereiro 2012

PARA SEMPRE !

Se e que me toca...
Se e que me toca essa seta,
de teu arco dobrado.
Se me toca como uma pena,
em pleno voo,
em que o vento,
o sinto em mim.
Um leve toque,
uma pequena dor,
que me reanima.
Sentar-me aqui contigo,
nesta zona que nao perdi.
Nesta zona onde ficou,
e fica a vida.
Sei que as asas,
as que tu tens,
voam a minha volta.
Sinto esse toque de veludo,
esse teu prazer..
em meus olhos fechados.
Sinto-te sempre aqui...
comigo.
Se es Anjo ou Cupido.
Voa... nao percas o teu voar.
Abraca-me em ti,
leva-me contigo,
guarda-me...
Para sempre!

14 Fevereiro 2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FRIO QUENTE


Sozinho...
So porque te vejo.
Porque me chamas,
meu mar risonho?!
Esse frio que me aquece, e
que mesmo estranhamente,
esse frio me apetece.
Um vaguear de vida,
em explendor de meus sentidos.
Indelevel vontade de estar aqui...
Em frente de ti,
com esta paixao,
envolta na minha alma.
O regresso.
O teu regresso.
Meu mar risonho...
Um renovar de sensacoes.
As que sempre ficaram.
Nao me perdi neste caminho.
Procurei... outros,
os que houvessem.
Este ficou.
Este fica!
Um frio que me aquece.
Em Sol de brilho quente.
Meu mar risonho.
Es tu!
Assim te vejo.


10 Fevereiro 2012

DESPIR-ME DE MIM


Hoje ao acordar,
despi-me.
Despi-me de mim.
Despi-me de alucinacoes,
de procuras vas.
Despi-me de ferimentos e cicatrizes.
Despi-me de feridas que criei.
Quero beijar todas as cicatrizes.
Tornar-me milagre da cura.
Mas nao consigo...
Penalizo-me pela crueldade que nao quis!
Condeno-me pela dor que criei.
Dispo-me de mim.
Quero sentir-me nu da minha roupa suja.
Quero lavar a pele em fragancias simples.
Sentir-me limpo.
Libertar almas e dores,
tentar beija-las em inocencia.
A minha...
A minha estupida inocencia.
Seguir como homem novo,
neste corpo envelhecido por mim.
Iluminar caminhos com esta alma,
transformar dor em doce calma,
e torturar-me sem fim.
Amar o mundo, como me amam a mim.
Pedir desculpa!
Sentir o arrepio do perdao.
A agonia do arrependimento.
E seguir.
Seguir nu.
Vazio do que fui.
Surgir neste final de mim, e
Nascer de novo...
Despir-me de mim!

13 Fevereiro 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ORGULHO


Orgulho-me de ser quem sou!
Tenho orgulho por nao ser orgulhoso.
Tenho orgulho no poder da inocencia.
Tenho orgulho na sinceridade das criancas.
Tenho orgulho em saber amar.
Tenho orgulho em nao saber o que faco.
Tenho orgulho em ser sonhador.
Tenho orgulho na beleza das pequenas coisas.
Tenho orgulho em ser humilde.
Tenho orgulho em sentir o que sinto.
Tenho orgulho em nao alimentar a mentira.
Tenho orgulho na simplicidade do desejo.
Tenho orgulho em ser bom amante.
Tenho orgulho em viver em liberdade.
Tenho orgulho em saber o que digo.
Tenho orgulho em gostar de ti.
Tenho orgulho por nao ser orgulhoso.
Orgulho-me de ser quem sou!
Orgulho-me de ser feliz!

08 Fevereiro 2012

PURGATORIO


Como sabe bem...
Abrir a janela ao acordar,
respirar em golfadas de ar,
o fresco que me enche o peito.
Purificar o meu sangue,
senti-lo circular feliz,
em correria desenfreada,
de bons momentos.
Sentir o corpo agradecido...

Olho tons do ceu,
o irrequieto do mar,
o meu reflexo.
A serenidade facil,
da paz que me rodeia.

Sinto o sangue nervoso,
num repente pulsar incerto,
que me altera o pensamento.
Entrega-me a ansiedade.
Fico espantado.
Com vergonha de reclamar,
o mais ainda, que ja tenho.

Alegria esvai-se em segundos,
na tristeza que me conquista.
Sinto os limiares da pobreza,
e de tanta gente triste.

Respiro mais fundo ainda.
Temo o panico,
que me entrega,
este meu Purgatorio.

Tenho ganas de me afogar,
nesta paz, que por tanto a querer,
nao consigo entregar de volta.

Tenho de fechar a janela.
Deixar de respirar este ar podre.
Voltar as costas,
como todos os outros.
Em cobardia individual...
sem encontrar solucoes.

Espero acordar depressa.
Acordar deste mau estar,
que pensei ser sonho,
mas se tornou suave,
em pesadelo imenso.

Quero acordar...
Voltar ao meu mundo.
Voltar a ser feliz.


08 Fevereiro 2012

ACORDAR CONTIGO

Ao acordar sem ti,
viajo num mundo diferente.
Perco a nocao do tempo.
Penso nos momentos,
em que sabores e tactos,
me envolvem em intensidade.
Na intensidade que repartimos,
com nossos corpos colados.

Faz bem lembrar...
mesmo que perdido no fim,
a memoria do passado.
O teu olhar que me cerca,
os labios que mordias,
em tanta luxuria sentida,
quando te entregava,
todo o meu querer
dentro de ti.

O eco do nosso silencio,
foi gemido farto,
na certeza e pureza,
do amor a dois.

Um ritual que te dei,
em beijos quentes presentes,
no despir do teu corpo.
Um vagar em prazer imenso,
em calma querida,
do gemer que me deste.

O amor e o sexo,
o saber do prazer,
que trocamos juntos sem temores,
na entrega de nossos corpos nus.
Atraidos em suores e cheiros,
envolvemos a loucura,
da intensidade desses momentos...
Momentos eternos.

Quero ter-te ao acordar,
quero que te entregues a mim,
como so tu, tao bem sabes.
Quero dar-te tudo o que tenho,
em alma, e dentro de mim.

Quero ver-te adormecer,
cansada em abraco terno,
e beijo seguro.
Quero adormecer,
com teu seio na mao,
e continuar a sonhar.

Quero acordar contigo!


08 Fevereiro 2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

AMO O MUNDO



Amo o Mundo!

Deixem-me estar,
quieto...
Deixem-me falar,
o que sinto...
Nao preciso gritar.
Mas deixem-me!

Deixem-me tocar as folhas,
os meus rascunhos,
os meus esbocos,
desenhar a escrita e dizer
Amo o Mundo!

Mesmo triste,
desiludido...
Amo o Mundo!

As pessoas sao pequenas.
Infimas na complexidade,
leves de afirmacao convicta.
Mas existem...

A simplicidade da harmonia,
ao desmultiplicar... conteudos.
As formas transformam-se.

Quero um mundo novo!
Amar onde as criancas nao sofram.
Quero um mundo novo!
Amar a felicidade simples,
que me transporte em sonho,
no sorriso de uma crianca.

Quero um mundo facil.
Livre de injusticas,
cansado de barbaries.
A utopia que tenho...
Alimentar o sonho.
O sonho impossivel.

Mas e bonito sonhar.
Imaginar outro mundo...
e voltar...

Mas,
mesmo triste...
Desiludido.
Amo o Mundo!

07 Fevereiro 2012

DESTINO GRATO

O caminho e lento,
longo...
a encruzilhada segura.
O mapa que me desloca,
na incerteza futura.

Ler o teu poema,
com alma quente,
a paz e o mundo.
Aquecer o meu dia,
Na saudade da tua pele.

Ao olhar o Sol, e
A Luz que me toca,
Tao suave e brilhante,
aquece-me...
no brilho das palavras.

Pensar por um pouco,
se te vejo, ou encontro.
Um piscar d'olhos
que nao vejo,
mas sinto.

Os labios que tocam,
a face deste teu querer.
Que me beijes...
Sentir a pele... a tua,
o farol que me guia.

Perdido a deriva.
Neste mar incerto,
que me tormenta...
que me acorrenta.
Encontrar-te!
O destino grato.

Falar-te,
em vontade simples.
Tocar-te,
em meu desejo.
Cheirar-te,
no aconchego nu,
de um beijo.

07 Fevereiro 2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

QUERO FICAR




As sensacoes.
Um bater fragil de asas,
o silvo do vento.

Um banco,
onde me sento.
Um pensamento.

Longo...
Eterno,
efemero... nao sei.

Uma mulher!
A imagem.
Os labios,
a coragem tambem.

O destino...
Nao acredito.
Mas sonho e grito,
que me preencha.

Uma foto, um olhar...
Palavras e um sorriso,
tudo o que preciso.

O gostar...
Talvez amar...
Quero a vida... a tua.

Quero ficar.

Fico...

06 Fevereiro 2012

FALAR DEMAIS


Falar demais...

Emocoes e fantasias.
Vontades e inibicoes.
Desgostos e alegrias.

Falar demais...

A tecla e o papel.
O pensar e um grito.
Um dedo e um pincel.

Nao ha fronteira,
nao encontro maneira,
de calar o que sinto.

Falo demais...

O Sol e a sombra.
Tempestade e bonanca.
Sonhar uma lembranca,
Enraizar o que sobra.

Gostava de ter um pouco,
de tudo e de nada.
Apagar meu sufoco... ao
moldar uma escultura,
encontrar uma fada.

Sem falar demais.

Cometo um delito,
ao acordar com um grito.
Um sonho... fico aflito,
ao sentir que te vais.

Que mais nao seja,
que seja por defeito,
fica o mundo imperfeito.

Tenho de parar,
ja nao posso...

Falar demais.


06 Fevereiro 2012

domingo, 5 de fevereiro de 2012

SOZINHO


Sozinho...

A solidao...
Nao a sinto!

Sozinho...
Contigo.

A alma sente,
estas presente.

O cintilar dos teu olhos,
a forma dos teus labios,
tudo o que me dizes.

Nao fico so...
Estas comigo.
Estas aqui.
Comigo.

Sozinho...

Uma rosa,
uma prosa,
o teu querer.

Um abrigo,
um sonho,
ate morrer.

Solidao...
Nao !!!!!

Estou contigo.
Penso em ti!

Sozinho...



05 Fevereiro 2012

O TEU CHEIRO



Penso tanto!
Tanto... que sonho.

O sangue aquece.
O peito arde.
Falar contigo...
assim... tao facil.

O teu cheiro...
Sinto-te tao perto!
O teu murmurio,
o som que nao conheco.

O meu desejo.
Cristalino... ao
matar a minha sede,
em aguas do teu rio.

Quero beber...
Em teus labios,
o beijo perfeito.

Da-me a mao...
Vem comigo...
Quero ver-te!

Quero sentir,
O Teu Cheiro...

05 Fevereiro 2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

ABUSA DE MIM

Sabes...

Basta abrir uma mao,
estender um braco...

Agarrar um sonho,
uma pequena nuvem.

Linda...
De veludo branco.
Pura de desejo.

Tal como tu...
que te chegas assim...
Que abusas de mim.

Toca na tua vontade.

Seguro a tua inseguranca,
estendo-te suavemente,
neste chao...

Tal como meu leito,
onde nao descanso.
Tal como tu...

Envolvo-me na tua pele,
suave e requintada.
Sinto esse teu toque,
que me arrepia.

Abusa de mim !

Faz com que erga,
este meu peito,
no apertar dos teus labios.

Envolve-me assim,
subindo pelo meu corpo,
com o teu... sem fim.

Aperta-me...
Sente-me em ti,
com os teus bracos,
com as tuas pernas...

Aperta-me assim...
Aperta-me !

Abusa de mim !

03 Fevereiro 2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ESPERO POR TI



Sozinho.
Como quero...
Como gosto...
Consumo a frescura.
O final do dia...
As cores sao quentes.
O crepusculo.
Uma concha.
Graos de areia.
Uma ideia.
Lembro-me de ti.
Aqui... comigo.
Passeio descalco,
por fronteiras de sentidos.
A terra, o ar... o mar,
e o meu fogo que arde.
Sinto a espuma das ondas,
cansadas de grande viagem
ao meu encontro.
Devagar, alteram-se...
empurram-se lentas,
ja sem forcas...
Ajoelhado... toco-as,
afago-as com pena...
Um esforco desfeito,
onde acaba o mar.
Um cheiro puro,
a falta de pele...
Uma imagem.
O teu olhar,
A tua pele nua.
Sinto-me molhado,
abencoado,
uma tentativa...
Um toque de esperanca,
de t'encontrar.
Espero que saias,
que surjas assim,
nua para mim,
nas ondas do mar.
Espero por ti...
molhado,
abencoado,
sozinho.
Espero por ti!

03 Fevereiro 2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

CHAMA QUE ARDE

Apaga-se a chama.
A Luz.
A noite e o dia.
Um pavio seco.
Um fosforo.
Salpicos de ar.
Amanhecer.
O meu acordar.
Uma nova raiz.
Regar uma flor.
A cor.
Uma chama que arde.
Novamente.
Queimo a pele.
O calor no corpo.
Uma lareira.
Uma mulher.
E eu...

02 Fevereiro 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MEU AMIGO


Um amigo.
Um abrigo.
Irmao de coracao.
Estar onde estou,
abanar a solidao.
Uma festa,
palavras ... um risco,
um desejo,
o que resta,
um beijo,
um abraco.
Amor eterno,
Amigo e irmao,
Mao que puxa,
Voz que anima.
Um grito,
Um abano,
O acordar do abismo.
Bom seria,
Que tivessem amigos.
Os meus...
Os bons...
Meus queridos.
Provem o dom,
Gritem sem som,
"Eu tenho um amigo!"
Sintam...
Tenham...
Eu tenho!
AMIGOS.


01 Fevereiro 2012

NOVOS ARES


Pequenos passos.
Encontros simples.
Olhares vagos... melados.
Agua salina de mar,
marezias cheias de cheiro.
Corpos deitados,
em dunas d'areia.
Assobios de vento.
A agua nos corpos.
Olhares d'encanto.
Pensamentos.
O sal, sabor nos labios.
O som agreste do mar...
ondas sem piedade.
O frio da agua.
Sal no meu corpo.
O nu dos corpos.
As dunas da pele...
Amar.

As almas que tive.
Limpidas que me lavaram,
entranhas do meu ser.
Lavaram... sujaram,
usaram.
Tantas almas!
Gostei de as ter.
Gostei e partiram.
Nao quero saber.
Tudo novo...Quero
Novas almas.
Novos mares.
Novos ares.
Uns olhares.
Amor forte.
Simples...


01 Fevereiro 2012