segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

AS GOTAS



Sentado escrevo...
Um copo de vinho.
O amor... estar sozinho.
Como me assaltam imagens.
Talvez Baco me toque,
em vapores quentes.
Os amores presentes...
em ti, as minhas viagens.
Penso em ti...
As gotas que escorrem,
sobram nos teus labios,
que eu bebo.
Nao deixo nunca...
nao quero que se percam,
nem uma so...
As tuas gotas caem,
e meus labios bebem.
As tuas,
do teu fluido...
As minhas,
te entrego perdido.
O vinho na tua pele,
as gotas grossas.
Os carreiros molhados,
que ficam marcados,
na lingua mexida,
que as persegue.
Que persegue essas gotas,
as gotas que eu bebo,
as do vinho,
e as outras.
Quero o teu corpo.
Quero o teu liquido.
Quero beber-te ate ao fim.
Agarrar-te em apertos...
os apertos que me das,
e me consomes.
Das-me tudo...
Tudo o que sabes eu quero,
perdes-te em prazer seguro,
no que te dou,
e o que me entregues.
Quero-te ate ao fim...
Quero que acabemos assim,
saciados e inanimados.
Perdidos no prazer,
que sempre temos,
na ansia e no poder,
de em amor,
estarmos abencoados.
Quero-te assim...
Sempre!

20 Fevereiro 2012

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