quinta-feira, 31 de maio de 2012

ROMANTICO E REALISTA

Contrasenso absoluto!
Entrego-me a momentos, só.
O meu existencialismo inquisidor.
A fronteira entre matéria e a alma.
Sou por conclusão simplificada,
as duas coisas. Sem primasia particular.
O Homem realista, realmente controla,
todas as pequenas coisas direccionadas.
O Homem romântico, controla a ilusâo.
Controla o sonho, todas as suas formas.
Romanticamente, controla o Mundo!
Mas o seu Mundo, só!
A Realidade existe, porde ser criada.
Romantizada e, entregue ao sonho.
Tal como a morte é a realidade da vida,
o sonho criativo é a criação romantica.
Que não parem as duas metamorfoses.
A minha realidade, está proporcional e,
relacionada com o meu romantismo.
Sou romantico por defeito.
Realista por forma, a humana involuntária.
Romanticamente procuro a realidade.
Não discuto o meu desassossego.
Encontro as palavras que transformo,
romanticamente, neste meu realismo.
Mas é preciso! Necessáriamente é preciso!
Tenho de sonhar sem realismos,
transformar o prazer inato e,
ser incógnitamente romântico.
Sonhar. Sonhar é apenas uma etapa.
Romantizar é sonhar acordado.
O amor e o ódio vivem tão perto.
Será boa a bipolaridade.
Romântico na minha realidade.
Realista no meu romantismo.
Por isso e apenas por isso,
amo como nunca amei,
todo este prazer de estar vivo!

31 MAIO 2012

quarta-feira, 30 de maio de 2012

NAO SOU SÓ EU EM MIM



Já não sei se sou só eu,
Se tenho mais que uma alma.
Sei que, algo luta dentro de mim.
Tenho devaneios intensos
que de imparáveis, lhes chamo viver.
Mas não, viver
não é assim tão necessário,
mais importante, será criar.
Mesmo que escreva dividido,
pelas almas que possuo,
resumo-me às memórias que tenho,
quando quero pensar no futuro.
Divido-me em antagonismos,
Parecem estrelas de outro firmamento.
Não diferencio por complexo que seja,
e não quero tentar perder o momento.
Confronto-me a mim, comigo,
se o destino e a realidade são abrigo.
Não me escondo de um fim,
mantenho as almas perdidas, assim,
amando os sonhos, a vida
porque amar é ser intenso.
Quero que as minhas almas vivam.
Que não padeçam neste corpo efémero.
A Alma que nós somos, vive,
Em "inners" de polos inversos.
Tenho a certeza.
Eu, não sou só eu.
Tenho mais algo em mim,
que por ser assim oculto,
ainda tanto desconheço!
Olhar o que me faz viver de dia,
alimenta-me este prazer
que a noite me trás.
Quero adormecer.
Quero olhar-me ao espelho,
ver o Eu invertido aparecer,
e olhar-me, inverso, à minha frente.
Não,
não sou só eu em mim!

30 MAIO 2012

O VIRUS DA BANALIDADE


Um  novo virus acaba de nascer...
Uma infeccao generalizada...
O ser humano criou e desenvolveu,
a Banalidade...
Nem as nacoes sobrevivem.
Ja nao pensam... pensam mal.
Tornou-se banal e adquirido,
a exigencia da preguica.
"Queremos isto...",
"Queremos aquilo...",
ao exigirmos tudo feito.
Tudo se tornou uma banalidade.
O aprumo original e pessoal,
esta revertido, em sentido inverso.
O Homem passou a querer tudo,
fazendo o menos possivel.
Porque tem direito... diz-se.
A Banalidade esta em plena evolucao.
Desenfreadamente sem travao,
porque a moda ja o era... tornou-se banal.
A Sociedade esta putrefacta.
O Capitalismo, perdeu o Capital.  
O Socialismo, perdeu o Social.
O Comunismo, perdeu a Comunidade.
Todos os "ismos" se tornaram banais.
Tenho pena...
Tenho saudade de uma nacao com valores.
Tenho saudade do arrepio de pele,
sempre que se canta o hino.
Tudo hoje virou banalidade pura.
E alastra-se... este virus infeccioso.
A cultura... o ensino... a familia.
Estamos em fase de coma banalisada.
Ninguem acorda, por ser banal.
Ninguem grita aos filhos da puta, por ser banal.
Ninguem abana a estrutura,
limpando todas as ervas daninhas.
De tao banais, sabemos onde estao,
nao parando de crescer... pura banalidade.
Tenho um pais natal, que por ser puro
se tornou inseguro... que virou banal.

30 MAIO 2012

terça-feira, 29 de maio de 2012

MÁQUINA DO TEMPO



A memória alimenta-me o meu dia.
Sinto-me viajar, em momentos fracos,
como se entra-se numa máquina do tempo.
A saudade, é uma das etapas que me fazem sorrir.
O desprezo, outra etapa, sisuda, e eu penso,
penso na procura de respostas lógicas e inteligentes,
que me afastem da irritante negatividade.
Os arquivos que se acumulam, condensados,
são pequenos contos reais, que já não vejo.
A memória traz-me sonhos desinibidos,
que rezo, intensamente, para não esquecer.
Desisti de viajar no tempo gratuitamente.
Não quero apagar nada que tenha feito!!!!
Nada, absolutamente nada.
Basta fechar os olhos, percorrer
o arquivo imenso dos meus sonhos,
envolvidos em papel de jornal,
guardados nas gavetas da memória..
Quero essa memória, e verdade que tenho.
Usada como aprendizagem inconstante,
ensinando o que sei, na minha humildade,
apreendendo o que me escapa, consciente,
sem qualquer receio, de quaisquer interpretações.
O tempo, deixa de ter verdadeiro significado,
quando, se insensato, o penso em demasia.
Não pára a memória...
Como não pára o tempo,
E quero-o filtrado, por mim. Sozinho.
O que foi bom. O que foi mau. O que quero.
O que é. O que será. O que for...
Quero tão somente sorrir ao futuro,
arrumar o passado que foi gasto. Que ja não uso.
Que nem deveria ter usado..
Quero que a minha memória não se perca,
em demência que me use
em desalinhos controlados.
Quero o futuro, agradável,
não esquecendo o passado.
Não posso perder a memória,
Na minha Máquina do Tempo!

29 maio 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

SABER AMAR



A perplexidade do amor eterno.
As alegorias em devaneio próprio,
nas dores que não sinto e que mostro.
Amar é manter o ambiente certo,
no conjugação da alma e do corpo.
Complexo pelo difícil equilíbrio,
reconfortante por sabores intensos.
As fragilidades camufladas,
são como sorrisos sem vontade.
São como beijos sem sabor necessário.
Cada cabeça a sua sentença,
cada paixão moldada a uma razão.
Inteligentemente somos humanos,
ultrapassamos instintos inatos,
em apuramento e coordenação
de sentimentos e vontades.
O brilhantismo está no resultado!
Na pureza e sensatez do quem se sente.
Disfarçar sentimentos, é tao inverso
ao que o poder do amor oferece.
Amar uma mulher... um irmão... um cão!
Amar e amor desfigurados, desmarcados
de tipos e denominações comuns.
Precisamos amar mais que nunca!
Entender o que em nós amamos,
procurar o que sempre procuramos,
e ser liberto, sincero e puro
ao respeitar e oferecer o amor!
Amar tudo na intensidade certa,
é a fórmula de uma vida sensata.
Esquecer o prazo do futuro
Eu Amo e,  muito mesmo!
Gosto muito de saber amar!
Gosto muito de gostar!

29 MAIO 2012

domingo, 27 de maio de 2012

OUVIR AS CORES



Ouvir, as cores que não vejo.
Ter e procurar capacidades estranhas,
Onde o sustentável é genericamente normal.
Pura e simplesmente, não existe!
Quero criar algumas cores,
Desconhecidas,
Tons e valores, invenções minhas.
A forma desconexa do tempo.
Imagens que só eu penso,
no meu cagativismo à recepção dos outros.
Só quero imaginar o que me toca,
Como uma mulher,  com prazer e,
Sentir os orgasmos mentais que procuro.
Nada mais. Absolutamente nada mais.
Viver, é intenso quando acordo,
Mesmo quando o sonho adormece.
Sou teimoso nas minhas perspectivas,
(não o somos todos?)
Sou exigente nas coisas mínimas,
Porque são essas que importam.
Por isso, desligo-me de críticas.
Renego a ideais pseudo-existentes,
Na euforia e gozo da minha felicidade.
Quero navegar nesses mares incertos,
Porque só assim, gozarei as diferenças
De tudo o que não sei. Imagino!
Quero ser simples, tal como sou(!),
Correndo os riscos das interpretações
Que os "eleitos" me possam refrear.
Sou o que sou. Vejo o que vejo.
Sou a carne que se transforma em alma,
Sou a felicidade que me recuso a mostrar,
Tantas vezes, porque quero ser só.
Mas sinto tudo. Tudo o que possam querer,
Mas muito mais, aquilo que eu quero!
Quero ouvir as cores que me pintam,
Os sons dos quadros e retratos estranhos,
Com que me pintam, como os vejo,
Coitados. Como so sinto!
Quero ser impressionista, desfocado
Em telas de pavor e cor, enevoando-me.
Quero ser o que sou e, finalmente
Mostrar-vos, toda a minha cagatividade!
Sou simples. São as minhas cores.
Apenas eu!
Gostem, ou não...

27 MAIO 2012

sábado, 26 de maio de 2012

INSÓNIA...

Quero voar com um rumo.
Quero a folha de Outono,
A que cai com a certeza de um fim,
E nos engana com a ilusão óptica
De não ter destino certo.
Sinto-me assim, para que seja útil,
O regozijo dos bons momentos.
Sinto-me sem rumo,
Agora, indeciso pela insónia!
Sinto-me o que sempre fui.
É isso mesmo. Uma etapa simples.
Mais uma que neste momento me trai,
A necessidade de um destino,
O meu sono que não existe é,
O desconforto do momento.
Já não importa definir certezas,
É hora de dúvidas do que não existem.
Alimentam-se grupos solenes,
Na falta de afirmação individual,
Num craneo, tão cheio de tudo,
De tantas sinopses que se reproduzem
A uma velocidade ainda mais caótica
Que o costume da normalidade.
Já pouco espero da vida,
Que não a minha fidelidade.
É um crescendo orgásmico
Quando me sinto no núcleo
Dos átomos da Felicidade.
É uma explosão fantástica
Quase como um orgasmo
Ou mesmo um orgasmo maior
Sem sexo, sem amor ou saudade.
Neste momento sinto tudo,
Atabalhoado como o sou acordado.
É este o desperdício que sinto.
Agora mesmo. Perder-me aqui,
Por falta do que rege o acordar.
Agora, nestas horas infinita de insónia,
Tudo está incompleto. Até o Tempo.
Porque estou sem Tempo,
É isso que me entretem aqui,
Por esta sensação acre e doce,
Me fazer imaginar que engano o Tempo.
Ahhhhhhhh, afinal consigo enganá-lo!
A vida o delírio, é um sonho difícil,
Mais difícil quando não consigo tê-lo.
Hoje não consigo sonhar!
Nem sonhar que durmo,
O que já seria bom. Agora,
Tenho só o pouco que existe,
Que todas as noites calmas
E o silêncio me oferecem.
É o que compensa a vida.
Estas compensações sinápticas
Que apesar de tudo, ainda imagino.
Por isso fico na minha insónia,
Mantendo as ilusões que tenho,
Sossegado e sem pânico,
Pelos nadas que me consomem
Com esta carência de sonhos.
Agora, está na hora.
Traz-me o sono!
Insónia.

26 MAIO 2012

ESTRANHO...


Por estranho que me pareca,
sinto-me bem, talvez mesmo
sabendo que o nao estou.
Acordo das parvas ilusoes,
acordo de intensidades minhas,
que afinal mesmo, so eu vivo.
Sorrio ao comparar ilusoriamente,
quando passo pelo meu vizinho,
que me comprimenta... sem sentir,
ou cumprir aquilo que diz.
As pessoas...
As pessoas sao afinal,
so pessoas...
Nem melhor nem pior...
Tento ser coerente... agir por igual.
Tento a entrega de forma pura,
a minha volta e...ja nao sei.
Sinto-me estranho...
Sinto-me estranho neste momento,
por ser bem adquirido... sem tormento.
Culpo-me a mim proprio...
Acredito... mas nao vejo.
E fico assim...
A ver por fora, o que me falta dentro.
Falta-me sentir a resposta...
A entrega que pouco existe...
A paciencia que me falta, e receio...
Receio a mim proprio... e tenho medo.
Tenho horas em que os minutos,
sao mais que sessenta...
Tenho minutos em que os segundos,
sao mais que sessenta...
Perco-me no meu vazio, que no fundo
e o meu melhor, e fiel companheiro.
Por mais acompanhado que me sinta,
cada vez amo mais sentir solidao!

26 MAIO 2012

sexta-feira, 25 de maio de 2012

APENAS SONHO !


Habito numa torre de sonho.
Castelo de nuvens no reino do ceu.
Nao estou morto... nao!
Vivo como quero e existo.
Mas tenho um castelo onde habito.
Organizo torneios de amor.
Ferro cavalos alados ao vento.
Forjo armas que nao ferem,
em conquista do coracao ardente.
Ha gente que nao sente...
Ha gente que o que sente...
tem sentir desfigurado.
Nao tenho pagens nem concubinas.
Nao tenho reino proprio... so eu!
Esculpo a mao uma pequena peca,
madeira mole que os dedos moldam.
Uma mulher, bela e nua... no meu peito.
Uma escultura grosseira minha,
na falta de jeito... o meu defeito.
O tempo devagar acerta o toque,
cinzela contornos timidos e frageis.
Amacio aos poucos as linhas,
acaricio e aparo os arrepios,
que deslizam no meu pensamento.
Este castelo fica tao la no alto...
A torre... mais alta ainda.
Na minha zona de conforto,
onde o meu espaco nao finda.
Sinto-me abencoado na loucura,
que o nao e desmedida... ao vento.
O sol aquece o sangue frio,
o vento remexe na pele nua.
Assim fico ate nao saber quando,
em prazer delirante e permanente.
Nao estou morto... nao!
Nesta torre mais alta que tudo...
apenas sonho!

25 MAIO 2012

DO SONHO A REALIDADE


Acordei pensamentos adormecidos.
Renasci na paixao da conquista.
Um alvo que acerto... os meus sentidos.
Como relogio de areia, vagaroso
passa o tempo por mim... mas passa.
Aproveito grao a grao este tempo.
Esta engrenagem de pensamentos,
descoordenada em alguns momentos,
mas em harmonia com a minha alma.
Quero louvar ao cosmos estes graos...
O tempo mestre, em arquitectura
selecta e inteligente que brilha em mim.
Sinto o brilho da felicidade... alcanco.
Realizacoes de sonhos simples,
sao perseveranca de futuro proximo.
O ideal... o real que em mim vive,
tao proximo de coisas serias... as boas.
Amarguras que adocei ao sabor dos anos,
petrificado no amolecer do tempo... as mas.
O tempo que tanto falo...  A Sabedoria.
Aproveitar o que a inteligencia exige.
Descodificar o que a ambicao promete.
Realizar em serenidade os meus sonhos.
Um por um... grao a grao... no tempo.
Um relogio construido de beleza pura,
ampulheta separadora de datas...
passadas... futuras e presente rapido.
Que ja passou por mim, agora mesmo.
Que ja so relembro mesmo ha um minuto
sem retorno... mas onde a memoria,
onde a memoria o transforma...
O tempo que e sonho... que ja o foi,
que o sera ainda... tempo.
O Tempo... meu pai e da Sabedoria.
Assim alcancei o meu sonho!

25 MAIO 2012

quarta-feira, 23 de maio de 2012

MAGIA



Magia!

Palavra que diria,
mágica!
Frágil, puro cristal.
Não se aprende,
emerge!
Não há truques,
há mistério.

Magia!

Poder singelo,
devaneio e harmonia.
Sente-se.
Mostra-se.
Tem intencionalidade.
Inata na forma,
Gratificante no contexto.

Magia!

Alquímica,
pó cósmico,
formador de mundos.
Sabedoria.
Entrega.
Verdade.
Fidelidade.
Tudo isto.
E muito mais...

Magia!

Quero ser Mago!
Ter o poder de amar.
Distribuir magia,
sensibilidade.
Ser rei por um dia.
Sentir-me divino.
Gerir o poder,
de tudo e,
de nada...

Magia!
Muita Magia!

23 MAIO 2012

O VALE DOS MEUS SONHOS


O vale dos meus sonhos...
Ha um local assim.
So eu o conheco bem, so meu.
O verde e de tal forma activo,
que pisa-lo se torna tormento.
As cores vivas, encandeiam
minha vista, cansada do mundo.
O vale dos meus sonhos...
Um pequeno paraiso privado,
que uso em anonimato.
Nao quero que me conheca.
Quero passar despercebido,
num sorriso permanente,
como senha de acesso.
O brilho cristalino da agua...
O som limpido, em pureza
transparente e fria,  do riacho.
Um sonho final em mente.
Inocente sempre, mas decidido.
Um lago ou mar por encontrar.
Pelo caminho, toca e torna
o que toca, em descendencia directa,
do meu paraiso imaginario.
O vale dos meus sonhos...
As montanhas sao como seios.
Atraentes, esfomeadas por mim,
e pela fome que eu tenho.
O vale dos meus sonhos...
Sou eu... feliz, sempre louco.
O meu mundo imaginario,
que nao paro de pintar.
Sao novas paginas... pequenos
puzzles em pecas que uno,
onde descansa a minha mente.
As cores... sao diferentes.
Sempre demasiado diferentes.
Como gosto de pintar, assim
em exclusividade egoista...
O vale dos meus sonhos...
Pintem o vosso...
Sonhem o sonho!

23 MAIO 2012

FALAR COM A VIDA



Se neste momento pudesse falar...
Falava olhos nos olhos, com a vida.
A de todos... a mesma. Mas tao diferente.
Uns sorriem, comemoram e esquecem.
Outros choram, sofrem e lembram.
Esquecer e lembrar sao passos inertes.
As memorias de amigos que temos,
de animais que perdemos... e o amor.
O amor como denominador comum.
O principio e o fim de todas as coisas.
O beijo inocente de uma crianca,
que amanha se tornara cruel adultero.
O beijo inocente de uma crianca,
que amanha sera o orgulho da simplicidade.
Falaria com a vida hoje...
Quero explicacoes da diversidade cruel.
Quero entender o porque do poder.
Poder ser bom... poder ser cruel.
Poder ser ate de longe... o nada que sou.
Preciso tanto de falar com a vida!
Quero dar-lhe conselhos praticos.
Quero dar-lhe reprimendas de luva branca.
Quero que a vida seja amena nos impetos.
Quero que a vida seja acessivel a quem a usa.
Quero que a vida se lixe...

23 MAIO 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

O MEU MUNDO


Se vos pudesse impressionar;
Serieis plateia e eu palco.
Inventaria mistério cativador,
Onde a luz, fraca mas viva,
Em tons amarelos, gastos pelo tempo
Envolvesse, o cenário esfomeado.
A fome de representar, sem ser actor.
Armários cheios de livros,
Pequenas fotos, emolduradas
Em madeira gasta, velha  e escura.
Fotografias de avós e gente velha,
Com o sorrisos de Sabedoria.
O preto e o branco; empoeirado.
Um globo terrestre que gira,
Sempre que passo por ele.
Um tique que move o mundo,
Um poder fictício, ao qual sorrio.
A minha secretária, complexa
Na desordem de papeis sem fim.
Um caos que sei organizado,
Onde só eu sei porque está assim.
O meu candeeiro verde, largo
Que a luz ilumina e, a tudo que escrevo.
O som de folhas que estrago,
Machucadas em apertos de dedos.
O imaginário que me trai, que goza
A minha falta de palavras, que eu sei
Mas não encontro; mais folhas.
Sempre mais folhas, e tanta tinta.
Dedos sujos de aparos lassos.
E um sorriso, enfim, ao abrir...
Ao abrir a janela de um sonho,
Quando o abstrato me ataca.
E escrevo os sentidos...
Escrevo ao sabor do sonho,
Ondas de alegria, que sorrindo
Me enchem o peito de maré revolta.
A bonança. Sim...
Por fim a bonança.
Encostar o aparo gasto, já seco.
Torto pelo mar de tinta escorrida.
O desaguar da tempestade,
Em apenas uma única folha.
A folha que respiro, emotivo,
Por vê-la cheia de saudade.
Já sinto saudade da próxima!
A que já sonho, sem o saber.
Quero o poder do meu sonho,
Quero sentir a tempestade,
Enchendo folhas, como ondas de mar.
Assim, no meu quarto, já amarelo do tempo,
Onde luz é fraca e, me envolve o mistério,
Trazendo-me sonhos, e o mundo gira.
Lá fora, comigo assim, sozinho
E o meu Mundo,  à minha volta.

22 MAIO 2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A CALMA NO MUNDO


Parem!
Parem tudo!
Parem relógios!
Parem o Mundo,
Por um segundo.
Vamos acalmar.
Vamos pensar.
Saborear o amor,
Consporcar a dor,
Recomeçar a trazer,
Felicidade ao Mundo.
Fácil é o motivo.
Todos nós, o futuro!
As criancas, o presente!
Parem por um segundo!
Pensem com paz e alma!
O Mundo chora por calma.
Vamos sorrir ao olhar,
Um abraço fácil,
pelo amor e paz.
Trazer e criar,
A calma no Mundo!

21 MAIO 2012

ACORDEI SEM RAZAO


Acordei sem razao nem euforia,
mas com vontade de te escrever.
Senti teus cabelos como penas,
uma viagem sempre prometida.
Como algodao de nuvem branca,
envolves o meu corpo dormente...
acordas-me na paz do desejo.
Nao quero momentos indecisos,
nao preciso de cantos de sereia.
Quero que o cheiro do teu prazer,
me dilate as narinas... que seja poder.
Vejo-te dormir, cansada de tudo,
o que de bom foi feito e sentido.
Fico com esta vontade de escrever,
para que nao te acorde ao dizer,
que es como um livro sagrado.
Desfolho as tuas paginas, seguras
em lombada perfeita, na loucura
e incontornavel leveza, de um beijo.
Como te sinto assim... dormindo.
Que me nao vejas, seja teu sossego
adormecida, em sabor do meu ego.
Quero desfraldar bandeiras imensas,
para que o vento veleje animado.
Pensar em palavras que me digas,
depois de me sentires a teu lado.
Ha uma historia por escrever...
Talvez... com poucas palavras.
Contigo... o declamar dos olhos,
sentir vontades por ti contidas,
exploro sem medo... sem segredo,
em paginas longas, inacabadas.
Acordei assim, neste pio desejo.
Escrever num lapso de tempo,
linhas que me ocorrem,  perdidas.
Um beijo sela este tratado simples,
Mesmo que o nao sintas, fica selado.
Acorda-me assim... em loucura faminta,
quero focar ao amanhecer, um outro Mundo.
Deixar de sonhar nao posso... impossivel.
Quero acordar e escrever, sempre assim.
Mesmo que te nao veja perto, mas ainda
sempre assim, contigo dentro em mim.

21 MAIO 2012

domingo, 20 de maio de 2012

POR TI MULHER... MAE



Poderoso e o olhar de quem ama!
Servir o melhor instinto inato animal.
Mulheres... poder real inexplorado.
A felicidade literal em cada ventre.
Um sentir que o homem sente,
Mas nunca... nunca por igual.
Que previlegio, tu tens...
Seres mae e seres deusa terrena.
Sem Olimpos ou Edens, mas unica.
Quando te vejo de mao assente,
Nessa tua rara criacao,  afagas
Um so poder, sem pensar que o tens.
Queria sentir o que tu sentes.
O impossivel sera sempre a tua fronteira .
Por mais que sofras, te facam sofrer,
Sera impossivel tirar o amor desse sorriso.
O primeiro toque, o primeiro cheiro,
Quando tua cria chora no teu peito,
Onde a tua lagrima de dor se transforma,
E o sorriso espreme a proxima lagrima.
Lagrima de amor eterno, sereno
Na certeza absoluta do teu poder.
Por ti mulher, eu quero escrever.
Dizer que te amo mulher, ate morrer.

20 MAIO 2012

SENTIR O TEU CALOR


Sinto o teu calor...
Quente nos dedos,
ardente no sangue,
na pele em chama.
Consome-me nesse fogo.
Deixa que arda o desejo,
e das cinzas que sobram,
os labios se tornem beijo.
Fala-me em pequenos sons,
intensos... imensos e loucos.
Aperta meu peito no teu,
as tuas pernas, como cobras
se enlacem nas minhas... fortes
me apertem, me sufoquem de prazer.
Entrego a minha alma...
em pequenos folegos.
Lascivo em sofreguidao,
na fome infame da carne,
onde o amor nos consome.
Esse calor que absorvo
em investidas poderosas,
onde a carne se conhece.
Quero-te maga... feiticeira
onde a magia nao morra,
e o sacrilegio nao exista.
Quero a tua pele em chama.
Quero o ardor do teu sangue.
Quero com os teus dedos,
sentir o teu calor...

20 MAIO 2012

CONQUISTADORES DA FELICIDADE

Quero partilhar o sabor da vitoria.
O materialismo apesar de opcional,
Mantem-se como degrau de conquista,
Na procura das pequenas coisas,
As que nos entusiasmam e nos definem.
O amor, e o limite e sentido da vida.
A criacao, o proposito de felicidade,
Que sendo atingida, nos transforma.
Assim de forma indelevel... me sinto
Vitorioso, nas pequenas coisas que sinto.
Pequenas alegrias, sao acepipe ideal,
Alimentando o sentido, que minha alma
Vai consumindo, em pequenos passos.
O desejo puro... as mulheres.
Cultura, o que sacia sede de Sabedoria,
O amor diverso, sao prioridades!
Quero amor eterno em tudo o que penso.
Amo intensamente tudo o que sinto.
O espirito que nos possui sera eterno.
O efemero, apenas uma forma de o domar.
Conquista por conquista, se ergue a escadaria,
a mesma que nos move, em sentido ascendente.
Cada degrau, um sorriso humilde.
Cada patamar, um momento por pensar.
Quero chegar ao alto desta torre!
Sem ter receios, sem arrogancia alguma,
Mas uma motivacao intensa, que nao para.
So porque quero ser... um ser humano!
Sejamos todos assim entao, com amor,
Conquistadores da felicidade.

20 MAIO 2012

sábado, 19 de maio de 2012

SEI QUE EXISTO



Descobri por mim proprio.
Descobri que ha um poder.
o meu interior... poderoso.
A materia cingida em contornos
onde a alma nos define.
Purificacao de elementos,
descobertas de momentos,
reflectidos em aguas limpidas
escorrendo por riachos puros
que ninguem conhece.
A mistura do poder existe.
A alma e o corpo unidos.
Quero reflectir mais profundo,
meditar no sentido da vida.
Quem e porque... onde.
O fascinio consome-me facil,
transformado em linhas vas,
que escrevo enquanto penso.
Nao sei se o diga, se o comente.
Mas defino a curiosidade.
Ser de certa forma existencialista,
desvia-me de coisas e pensares
que me prejudicam como Homem.
Ser melhor todos os dias,
mais um pouco... meditar.
O mundo nao existe por si so...
Tudo nasce, cresce e morre.
Por si so, assim... imparavel.
Quem sou eu?
Sou alguem que quer pensar nisso.
Na duvida... em dialetica existencial.
A matematica previsivel  e premonitora.
Alquimias de procura filosofica,
a mistura da alma e a materia.
Um corpo, tao simplesmente complicado.
Uma alma que nao se conhece ainda.
O Eu personificado nas questoes.
Questoes que nunca param.
Quero saber o que posso...
Nao posso saber o que sou...
Mas sei que existo.

19 MAIO 2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

ESSE TEU SORRISO



Respiro esse cabelo ao vento...
Sorrio no sorriso que me ofereces,
intrigada com a minha entrega.
Por vezes aureolas invisiveis... sentem-se.
Circulam o corpo terreno, no brilho
que transparece sem se ver.
Tens a alma cincunspecta, nesse ego...
que o meu, em desejo tremo por entregar.
E o olhar... esse teu olhar,
quando o prazer toca o cume.
Quando escalamos a montanha,
em encostas ingremes de sabores,
por onde cheiros nos empurram,
na intensidade e querer comum.
Ir mais alem...mais... e nunca parar.
Tenho esse som teu em mim.
Sonho ao sorrir o que nao vejo.
Mas tenho-te assim, em espacos
na saudade que diferente,
sempre existe e nao acaba.
Quero voar sobre ti,
tocar-te como pena leve...
sentir tua pele arrepiar,
nestes dedos que te tocam.
Exploramos corpos... os nossos
ate que a exastao nos limite.
Cansados, um abraco... mil beijos...
e momentos longos, onde toques
nos fecham palpebras... que gritam
por doces gemidos, onde conforto
e nosso unico destino alcancado.
A alma inunda-me em calor.
E tu... um poder enorme,
que me serve de vida.

18 MAIO 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

QUINTA-FEIRA DE ESPIGA



Uma nacao tao pequena... campos fartos
onde a realidade se mistura na fe...
Mulheres de negro, puras e simples
em retratos onde a cor nao entra.
Somos grandes em costumes certos,
que talvez boas modas os mantenham.
Um passeio matinal arcaico, perdido
talvez nas horas... mas nao no tempo.
De ano para ano se renova o ramo.
Por tras de portas, humildes ou fartas
simbolicamente, permanece a tradicao.
Espigas de cereais, que nos dao pao.
Flores de malmequer, o ouro e prata.
As papoilas, que no amor entregam vida.
A oliveira, que traz a paz, e nos ilumina.
A videira, que em vinho nos anima.
O alecrim, que na saude nos fortalece.
Um bouquet humilde... fresco e seco.
Seculos de supersticoes que gostamos.
Que nos identificam e orgulham.
Pais e filhos, sempre a crescer.
A tradicao nao pode morrer...
Espigas novas todos os anos.
Alegria na fe e esperanca ...
o nosso viver, assim...
por tras de cada porta.

17 MAIO 2012


CRIATIVIDADE



Ao tropecar em tufo verde,
sem dor me deito, e desfruto.
Inalo o poder de cheiros verdes,
a mistura de polens frageis
que invadem, o mel que provo.
Umas flores... algumas cores
a destreza de uma tela,
que  nao sendo ainda pintada,
inspira a alma de qualquer mestre.
Criatividade...
Criatividade... e uma flor delicada.
Pura na originalidade ...
unica em essencia imaginaria.
Este local vegetal
onde os cheiros imperam,
nos cenarios... originais
de pigmentos, que  misturo
que procuro, o eterno colorido
que transformo ao meu gosto.
Tudo se me envolve em gozo,
puro e cru em mim...
Tudo me alimenta, em suavidade
como o arrepio de beleza,
que consome a minha alma.
Aos poucos... sem pensar
tudo sai tranquilo... tudo sai...
Nasce uma flor delicada...
O iluminar do Sol, acaricia
petalas que se abrem sequiosas...
as gotas de orvalho, como oleo
que as pinta, numa tela incompleta.
O sonho de quem nao se resigna,
encontra o caminho talvez certo,
talvez errado... mas sempre delicado.
O sonho do poeta...
O imaginario infinito...
Como purgatorio aveludado
que sem anjos ou demonios,
mas como virus incuravel,
nesta doenca saudavel de escrever...
que sendo expressa inocentemente,
a dor se torna doce... se torna quente.
Preciso deste mundo paralelo,
onde me recolho sozinho...
Onde a criatividade e simples,
onde o complexo se transforma,
em flor delicada.

17 MAIO 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

QUERO SILENCIO


Silencio...
O eco do silencio.
Um eco ensurdecedor.
Abana e vibra forte,
na calma da minha alma.
Quero sair daqui.
Em silencio...
Gritar quanto baste.
Nao sao erros.
Nao sao defeitos.
Sao estados imperfeitos.
Prerrogativas da alma,
que com a maior calma,
assim me chama... sorrindo.
Mesmo a preto e branco,
vejo as cores do arco iris .
Gritantes...
No seu silencio.
Retesam enrijando palavras.
Plenos truques de mente,
ao sonhar... as lembrancas.
Em silencio.
Um silencio gritante.
Se nome lhe desse,
seria em eco alto.
Um nome ... loucura.
O silencio que falo,
comigo... para mim.
Em frente ao espelho,
o eco da minha imagem.
Cada vez mais... este,
que de silencio,
em eco me conquista...
O silencio que nao oico,
o eco da minha alma.
Quero silencio!

15 MAIO 2012

O QUE SINTO


Quando procuro o que sinto...
nao sei... nao sou... nao penso.
Sinto uma exclusividade rara,
na preponderancia da minha alma,
que nao me deixa esmorecer.
Que me anima, e que me mata.
As vezes calo-me...
Sao poucas as vezes.
So acontece por ironia do amor.
Passos que percorro de novo,
percursos que findo... ao comecar.
As vezes nao me entendo.
Sei que sou o puro que possa ser.
Sinto o que digo... sempre.
Ao escrever, espremo a mente
que transformo, com simplicidade
em lagrimas, que nao aparecem.
Tenho esta alegria de viver... em absoluto.
Lamento todas as injusticas,
todas... e as que cometo.
Sou um livro que caindo,
se espalha folha por folha,
ficando sem jeito... aberto.
Quando procuro o que sinto...
Nao sei... nao sou... penso.
Nao posso procurar o que finda.
Na certeza de que nao minto,
so posso sentir...  o que sinto.

15 MAIO 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

SORRIO FELIZ


Sorrio sozinho e feliz,
nas memorias recentes
que nao apago... nao quero!
Quero que o tempo nao pare,
parando no presente,
lembrando-me ausente
de memoria imediata.
Sorrio sim, assim...
Fecho-me sossegado
nas imagens que passam,
no desbobinar da minha mente.
Vejo alegria transformada...
Vejo sorrisos repartidos...
Vejo cheiros e peles coladas,
em suores feitos de amor.
Vejo a necessidade premente
de me sentir assim... sempre.
Vejo que o mundo gira
automatico, sem prazer
e amo-o por isso!
Entrega-me sorrisos...
Horas e dias a fio,
onde o sorriso cresce
onde o tempo desaparece;
enquanto o prazer fica,
ausente... mas quente.
As memorias recentes,
sorrio sozinho e feliz!

14 maio 2012
   

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A MINHA VIAGEM



Tenho tempo escasso na vida...
tenho esta forma irremediavel
de sentir a saudade sem pudor.
Tenho uma viagem por fazer
que mesmo sem o querer,
se torna inevitavel no amor.
Parto contigo no peito... sem destino
na certeza do incerto... e canto.
Canto as paisagens que passam
que nao param na memoria.
Sao melodias feitas de historia,
que nos unem hoje... e sempre.
Ha uma pequena loucura...
ser imperfeito sem vergonha
nas imagens tantas de quem sonha.
Sao surreais... sao complexas,
na harmonia que as involve
na procura de arquivos certos.
Ser sonhador, e fantastico!
Viajo por onde bem me provem.
Nao tenho rumo certo,
nem hora de partida...
nem hora de chegada.
Viajo como anjo... sem asas.
Com um certeza porem,
encontrar-te no final...
como destino da minha viagem!

10 MAIO 2012

quarta-feira, 9 de maio de 2012

ALMA RENOVADA


Sinto frescura a flor da pele...
Apertado entre dois espacos.
Entre o ceu imenso e a terra limitado.
Desfruto de simplicidade a minha volta.
Procuro-a... desinibo o imaginario.
De concreto encontro a duvida.
Vou sem duvida ultrapassar por opcao,
como opcao se tornam os passos que dou.
Sinto-me com aquela frescura...
A alma desenvolve o meu bem estar... perfeito.
O tal a que tenho direito... que procuro
compulsivamente, mesmo sem estar presente.
Sentir a simplicidade das folhas.
Renovar constante de harmonia,
em transformacao permanente,
ao encontrar a paz... acalma a mente.
Nao quero inventar coisas antigas,
renovo o que esta por chegar, sem receio...
Ganancia facilitada pelo bom senso.
Justificar a pureza, pela certeza que penso.
Desnudo a minha alma, por si so...
Exponho-me ao tentar segurar o divino,
que invento... e que defino.
Sinto-me renovado hoje.
Sinto frescura a flor da pele.


09 MAIO 2012

MUNDO IMUNDO



Destemido e sincero no olhar...
Crianca em dor... impotente de vida.
Triste pela dor que sente... sofre.
Renovo os votos de melancolia,
a que nao quero... a que nao preciso.
Fico doente  em raiva pura,
por mais imagens da infamia da fome.
Entrego mal,  uma constante vontade
de viver a vida, pelo mundo fecundo
que me rodeia, de forma estranha.
Vivo a vida sem receios, nao os tenho;
nao procuro justificacoes... nao as dou!
Tenho em mim, a pureza rude de uma rocha.
Opaca... massiva, por transformar.
Esmago o que nao gosto e me ofenda,
pedra rocha pesada, sem sentimento.
Fico sempre nesta angustia irreversivel,
ao ver tanta crianca sofrer... o (nao)ser crianca.
Nao sabem o significado do nascer...
nao sabem que sao esperanca...
estas nao o sao... sao a prova do sofrer.
Nao sabem o que sao... so conhecem a dor!
E a mim... doi-me!
Doi-me ate a ultima lagrima.
Seca-se-me a alma...
Desprezo sobremaneira a politica.
Fico triste com a Humanidade!
Impotente com a vida...
neste mundo imundo!

09 MAIO 2012

A MINHA ALMA


Ha um pequeno ponto...
Um pequeno ponto mesmo no centro,
no meu... onde mora a minha alma.
Talvez seja homem verde,
querubim, ate anjo perdido.
A minha alma perde-se pelo caminho.
Tenho saudade do ceu.
Uma estrela que no norte me guie,
iluminando passos de esperanca.
Tenho caminhos negros e brancos,
como os devaneios da vida real.
Talvez siga sem pensar demais,
talvez me envolva em coisas futeis...
Mas ha sempre um caminho.
Um ponto no meu centro... a minha alma.
Ja existia, nao morre comigo...
Estou de passagem, para a proxima viagem.
O meu outro mundo... o meu sonho.
Sonhos que ja vivi, por intensidade insana.
Acordo sempre... com o cansaco do tempo.
Rejuvenesco nas rugas que se alisam,
cada vez que toco a agua que purifico.
Subo os degraus da vida... nao paro
senao talvez, na imensidao do cosmos.
Assim fico em meu proprio significado.
Abro a porta do meu templo, quando falo.
O meu sagrado dos sagrados abencoa-me,
ferve-me no peito, num calor santificado.
Tudo isto porque ha um pequeno ponto.
No meu centro interior,
que comanda a minha alma.

09 MAIO 2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

CALAR A HISTORIA


Apetecece-me calar a historia.
Neste preciso momento,
apagar o recente da memoria.
A historia que vou ter vergonha...
por fazer parte dela neste momento.
A historia dos nossos dias,
nao a historia do meu orgulho.
Que fosse um filme fraco,
triste... de realizador barato.
Edita-lo ou ate, apaga-lo de todo.
Esta minha nacao chora...
envergonhada e escondida.
Mas chora compulsivamente.
Nao ha herois que assistam,
que desembainhem espadas,
que enfrentem os cobardes,
com a coragem da memoria.
A minha Nacao, vive adormecida.
Os pensadores nao pensam.
Os politicos nao prestam.
E o povo... cala.
Estranhamente... cala.
Apenas fala... apenas grita...
mas nao tem coragem.
O sangue mudou...
pouco de lusitano resta...
um puro sangue misturado.
Apetece-me calar a historia.
Apaga-la neste momento.
O futuro... ja esta envergonhado.

08 Maio 2012

OS PIOLHOSOS


Apetece-me desparasitar...
Esmagar todos os piolhosos,
aqueles onde nem os piolhos mordem.
Com as maos... esmaga-los com tinta.
Escrever o veneno que os ha-de matar.
Que me leiam e morram sem antidoto.
Ha insectos repugnaveis... que nos governam.
Os governos do mundo... todos, sem excepcao.
Seja a cor que for, a merda e sempre a mesma.
Mudam so os insectos, mantem-se o fedor.
Ja nao ha remedio possivel, que nos salve.
So mesmo esmagar os piolhosos,
Aqueles onde nem os piolhos mordem.
Acabar com a raca de invertebrados mentais,
que alimentamos com a nossa fome.
Os coitados que querem cuidar de nos,
que nos querem governar... os piolhosos.
Tragam paus... tragam pedras... tragam veneno...
tragam uma merda qualquer.
Mas tragam remedio forte o suficiente,
para acabar com os piolhosos.
Aqueles onde nem os piolhos mordem.
Apetece-me desparasitar!

08 MAIO 2012

ELOGIO À LOUCURA



Quero elogiar a loucura!
Quero que se diga tudo!
Sem gritar; sem cenas estranhas.

Não é preciso mostrar loucura para ser louco.
A loucura é um imaginário permanente
onde de forma harmoniosa, as contradições
que não gostamos, passam a fase da infelicidade.
O infeliz é demonstrado pela repugnância.
Quero ser louco em loucura sã!
Quero ser louco usando o poder da escrita.
Sem gritar; sem cenas estranhas.

Há uma realidade acima e além da que conhecemos.
Há posturas que não entendemos, que são reais.
Perspectivas herméticas e, inibições que se combatem.
Pensamentos que não se entendem (nem sempre),
que se revelam filosoficamente pela loucura.
Pela loucura de cada um, não pela loucura clínica.
Sem gritar; sem cenas estranhas.

Quero ser louco, por gostar de me sentir louco.
Quero ser louco, sem necessidade de o mostrar.
Sem gritar; sem cenas estranhas.

Acordar todos os dias, "upgrade" da memória.
Abrir novos ficheiros no arquivo da inteligência.
"Back up" desordenado, em caos prepositado,
Baralhar a inteligência artificial, é simples,
É deixa ser de certa forma, a minha loucura.
Se gritar; sem cenas estranhas.

Quero elogiar a loucura!
É preciso!
Quero ser louco para sempre!
É mais que preciso!
Quero morrer louco, inteligentemente!
É imprescindível!
Quero ser quem que sou!
É a base do elogio!



08 MAIO 2012

domingo, 6 de maio de 2012

MINHA MAE


Acordei com o peso do mundo...
muito leve... na minha mao.
Vagueei num sonho fantastico,
onde a noite timida, se fez dia,
com a coragem das lembrancas.
O Sol brilha com forca unica,
que me entrega esta energia...
aquece-me a alma, o peito.
Foco uma estrela, que teimosa
ainda brilha mesmo ali...
no firmamento, ao lado do Sol.
Vejo-a alegre... sorrir
mesmo sabendo da tristeza
que mantem em permanecia,
pela minha ausencia.
Um brilho puro e delicado,
dedicado em preocupacoes constantes,
que me fazem sentir esta sensacao,
de estar tao perto... na distancia.
Uma estrela que se chama MAE.
Aquelas maos que me tocam,
sempre que fecho os olhos...
Fazem festas, com o carinho unico,
da ternura, em existencia pura.
Um amor que nao acaba,
uma lagrima permanente,
que mesmo ausente,
se transforma sempre... e eu beijo.
Olho esta estrela todos os dias,
para acordar com um sorriso.
De dinheiro nao preciso,
porque esta e a minha riqueza.
Tenho saudades de ti minha Mae,
sao meus os teus sentimentos,
que me deste ao nascer.
Cortas-te o cordao que nos unia,
ficou o amor, no poder da criacao.
Amo todas as mulheres por isto.
Pelo poder unico, que so elas teem.
Poder divino de fazer nascer,
carregar em ventre terno,
o que nunca nada iguala,
este unico amor eterno.
Tenho saudades tuas...
Minha Mae.

06 MAIO 2012

sábado, 5 de maio de 2012

O VOO DAS AVES

Passam por mim receosas,
em harmonia de movimentos
que so elas sabem... voar.
Sempre com o horizonte ao fundo,
sempre com o ceu por limite.
Como sera que olham para mim?
Do topo... la de cima.
Circundam o mundo com visao
tao diferente, que invejo o poder.
Se pudesse, arqueava os bracos
de dedos abertos, com membranas
e subir, subir sem parar... ao olhar o sol.
Nao ficasse encadeado pela luz...
nao derretesse a cera das asas.
E voar... meu Deus, voar...
Por serras e mares,
Desertos e ares... sem fim.
Sentir-me planar em ar quente
como correntes de oceanos,
que transportam a vida... tao simples.
Olhar o mundo de forma diferente,
sem gente... um espaco imenso.
Assim que nisto penso,
realizo o meu sonho...
torno-me em ave de penas,
sem pena da vida,
com o poder de voar.
Queria ser ave... para vos ver,
num mundo diferente...
Pintar o ceu, em tons de azul,
e em cores quentes, ao final do dia.
As minhas cores... o meu voo.
Queria ser ave... e voar!

05 MAIO 2012

MEU PURO MAR


Sentado... sozinho.
O cheiro do mar... tao puro!
Fico em extase, que me acalma.
O som das ondas, acaricia
tudo o que me vem a cabeca...
uma forca estranha, faz-me pensar.
Mesmo com frio, o gosto permanece
pelas sensacoes na alma, que me aquece.
Sonho de olhos abertos, transparencias
que o rebentar das ondas me mostram,
como cristal de cores translucidas
onde bebo os sabores do mundo.
Penso nas criancas... nas mulheres,
em quem amo de perto... de longe,
no que gosto, e ate nem tanto.
Mas o som do mar, faz-me pensar.
Relaxa os impetos e atitudes,
aconcelha o bom senso... na paz
e no saborear do momento.
O mar e como um confessionario,
onde regulo e procuro definicoes
que me conseguem intrigar.
E calmo, nao condena o passado
nem penaliza no acto da confissao.
O mar e sincero, sem rodeios...
acusa-me justo, se ha pecado,
como se fosse meu irmao.
Um lugar sagrado que procuro,
como tantos outros, os que conheco.
Medito so ao ve-lo, em cadencias certas,
indomaveis ou desconcertadas... mas puro.
Se procuro alguma pureza,
apenas no mar a encontro,
e disso... tenho eu a certeza.
So o mar e assim tao puro!

05 MAIO 2012

sexta-feira, 4 de maio de 2012

EM TI... ASSIM


Quero-te colada a mim... assim,
que te entregues sem limites.
Deixa-me vendar-te os olhos,
atar-te as maos, em lencos de seda.
Desnudar-te sem pressa alguma,
a cada passo que percorro...
com um so toque,
com um so beijo.
Quero ver-te gemer nestas maos.
Arrepiar-te nesta lingua,
que te percorre com a sede,
na procura da agua, que me sacia.
Quero sentir-me apertado... por ti
onde a loucura me transforma.
Quero sentir transbordar o teu sumo.
Quero espremer o fruto que me alimenta.
Quero-te na minha boca... desinibida.
Ficar louco com os gemidos,
com que eu gemo por ouvir.
Quero-te dar o que me pedes...
Quero ligar-me a ti... em ti.
Quero que os ventres se conhecam,
beijando-se sem cessar, em encontros
em desencontros, sem tempo certo
que so a loucura final, os separa.
Quero que me digas ao ouvido,
em sussuros tao suaves,
que me queres assim... perdido.
Que nao pare em ti... que te de a alma.
Que  dentro de ti entregue, o meu sentido!
Quero-te assim... sim.
Como sempre... louco.
Todos os dias!

04 MAIO 2012    

SENTIR O VENTO...


Senti o vento assobiar por nesgas
Da janela, tentar entrar  no meu quarto.
Comunicámos por sussurros e pequenos sopros,
Aprendi um acordar calmo e,
Com o Sol  interpretei a vida.
Forte e suave como as nuvens que passam,
que não param, que me envolvem o corpo.
Lá fora. Reagi aos desatinos evitáveis,
que insistem em fustigar o bom senso.
Tempestade que mexe raízes,
abanando os alicerces ainda fracos,
do meu ainda pensamento fragilizado.
É bom sentir o vento.
É tão bom!
As brisas que me falam, são tão leves
que nem as sinto, e quase não ligo;
passam por mim assim, sempre
diferentes, como as horas, como o tempo.
A frescura na pele, activa o calor
do sangue que me percorre, marés
que não param nestes anseios constantes.
Tudo espera,  porque anseia o vento.
Este vento que acorda o espirito,
e contorna o corpo que o enfrenta.
É bom estar vivo.
É bom sentir o vento!


04 MAIO 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

UMA GOTA QUE SE CHAMA SAUDADE


Ha gotas que se definem, por serem dificeis.
Dificeis de controlar, pela forca...
pela forca simples, de uma so gota.
O poder simbolico de uma lagrima
que escorre selvagem, indomavel.
Ha gotas fortes, pequenas e serenas
carregadas de alimento, intenso
que enchem a alma de saudade.
Sao gotas crueis do destino
que conquistam o vazio que tenho.
Sao toques que se sentem,
num carreiro que sulcam, a flor da pele.
Sao frias, no calor que eu sinto.
Sao tristes na minha alegria,
um contrasenso de sentimentos
que me arrasam... que me acordam.
Sao comecos de dia dificeis,
de face molhada, que ao espelho
as destruo revoltado, ao amanhecer.
Sao alegria tambem, por existirem assim
por saber sentir o que sinto... por ti
por acordar no teu extase... por mim.
Ha gotas que quando caem, nao desfalecem.
Entregam-me esta mensagem, que quero
que espero, sempre que me volto na cama,
que ao sonhar, te vou encontrar...
que acordo contigo na mente,
que te tenho na alma... na pele,
que ardes em chama, na minha mao.
Ha gotas frias... que sao tao quentes.

03 MAIO 2012

TRATA DE MIM


Espreme a minha alma...
Tens um poder que me acorda
o adormecido que ja nao dorme.
As ruas em que passo, lento
no degostar do meu andar,
trazem-me a tua imagem
na leveza das cores que vejo.
Acaricio a minha imaginacao,
percorro atalhos na escoridao,
que iluminas ao pensar em ti.
Sinto-me nu de preconceitos,
entrego-me em comunhao
dos momentos mais perfeitos.
Trazes-me boas novas... sempre
nos teus gestos, no teu sorriso.
Fechas-me os olhos... sempre
sempre que me tocas... assim.
Sentes a falta dos raios de Sol
que nos iluminam, e aquecem
na distancia que nos separa...
Mas ri... Sorri... Sempre
sabendo, que estou a chegar.
O abraco que sinto, sozinho
aperta-me o peito, pelo caminho.
Nao paro... nem olho,
corro sem alaridos faustos,
ate ao encaixe dos teus bracos.
A viagem e a saudade,
sao o alimento da nossa justica.
A doenca da ausencia,
tem remedio no teu olhar.
Trata de mim... estou a chegar.

02 MAIO 2012 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

UM ACORDAR DE SONHO

Tremo no desejo da manha...
Basta o teu beijo.
Sentir abrir os olhos, louco
na tua boca.
Um acordar de sonho,
que nao sei se sera loucura...
Sei que te seguro os cabelos,
pelos dedos, que como pentes
me deixam olhar, o teu beijo.
Nao sei onde estou.
Nao consigo falar.
Sinto-me perdido em prazer,
que esse olhar cumplice,
me entrega neste momento.
Entro nessa boca divina
que desatina, este meu ego.
A divina loucura percorre-me,
em espasmos que te entrego,
na inocencia dos anos, que te dou...
Um acordar unico...
que me alimenta o dia.

02 MAIO 2012