Habito numa torre de sonho.
Castelo de nuvens no reino do ceu.
Nao estou morto... nao!
Vivo como quero e existo.
Mas tenho um castelo onde habito.
Organizo torneios de amor.
Ferro cavalos alados ao vento.
Forjo armas que nao ferem,
em conquista do coracao ardente.
Ha gente que nao sente...
Ha gente que o que sente...
tem sentir desfigurado.
Nao tenho pagens nem concubinas.
Nao tenho reino proprio... so eu!
Esculpo a mao uma pequena peca,
madeira mole que os dedos moldam.
Uma mulher, bela e nua... no meu peito.
Uma escultura grosseira minha,
na falta de jeito... o meu defeito.
O tempo devagar acerta o toque,
cinzela contornos timidos e frageis.
Amacio aos poucos as linhas,
acaricio e aparo os arrepios,
que deslizam no meu pensamento.
Este castelo fica tao la no alto...
A torre... mais alta ainda.
Na minha zona de conforto,
onde o meu espaco nao finda.
Sinto-me abencoado na loucura,
que o nao e desmedida... ao vento.
O sol aquece o sangue frio,
o vento remexe na pele nua.
Assim fico ate nao saber quando,
em prazer delirante e permanente.
Nao estou morto... nao!
Nesta torre mais alta que tudo...
apenas sonho!
25 MAIO 2012
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