Acordei sem razao nem euforia,
mas com vontade de te escrever.
Senti teus cabelos como penas,
uma viagem sempre prometida.
Como algodao de nuvem branca,
envolves o meu corpo dormente...
acordas-me na paz do desejo.
Nao quero momentos indecisos,
nao preciso de cantos de sereia.
Quero que o cheiro do teu prazer,
me dilate as narinas... que seja poder.
Vejo-te dormir, cansada de tudo,
o que de bom foi feito e sentido.
Fico com esta vontade de escrever,
para que nao te acorde ao dizer,
que es como um livro sagrado.
Desfolho as tuas paginas, seguras
em lombada perfeita, na loucura
e incontornavel leveza, de um beijo.
Como te sinto assim... dormindo.
Que me nao vejas, seja teu sossego
adormecida, em sabor do meu ego.
Quero desfraldar bandeiras imensas,
para que o vento veleje animado.
Pensar em palavras que me digas,
depois de me sentires a teu lado.
Ha uma historia por escrever...
Talvez... com poucas palavras.
Contigo... o declamar dos olhos,
sentir vontades por ti contidas,
exploro sem medo... sem segredo,
em paginas longas, inacabadas.
Acordei assim, neste pio desejo.
Escrever num lapso de tempo,
linhas que me ocorrem, perdidas.
Um beijo sela este tratado simples,
Mesmo que o nao sintas, fica selado.
Acorda-me assim... em loucura faminta,
quero focar ao amanhecer, um outro Mundo.
Deixar de sonhar nao posso... impossivel.
Quero acordar e escrever, sempre assim.
Mesmo que te nao veja perto, mas ainda
sempre assim, contigo dentro em mim.
21 MAIO 2012
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