quarta-feira, 30 de maio de 2012

NAO SOU SÓ EU EM MIM



Já não sei se sou só eu,
Se tenho mais que uma alma.
Sei que, algo luta dentro de mim.
Tenho devaneios intensos
que de imparáveis, lhes chamo viver.
Mas não, viver
não é assim tão necessário,
mais importante, será criar.
Mesmo que escreva dividido,
pelas almas que possuo,
resumo-me às memórias que tenho,
quando quero pensar no futuro.
Divido-me em antagonismos,
Parecem estrelas de outro firmamento.
Não diferencio por complexo que seja,
e não quero tentar perder o momento.
Confronto-me a mim, comigo,
se o destino e a realidade são abrigo.
Não me escondo de um fim,
mantenho as almas perdidas, assim,
amando os sonhos, a vida
porque amar é ser intenso.
Quero que as minhas almas vivam.
Que não padeçam neste corpo efémero.
A Alma que nós somos, vive,
Em "inners" de polos inversos.
Tenho a certeza.
Eu, não sou só eu.
Tenho mais algo em mim,
que por ser assim oculto,
ainda tanto desconheço!
Olhar o que me faz viver de dia,
alimenta-me este prazer
que a noite me trás.
Quero adormecer.
Quero olhar-me ao espelho,
ver o Eu invertido aparecer,
e olhar-me, inverso, à minha frente.
Não,
não sou só eu em mim!

30 MAIO 2012

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