terça-feira, 29 de maio de 2012

MÁQUINA DO TEMPO



A memória alimenta-me o meu dia.
Sinto-me viajar, em momentos fracos,
como se entra-se numa máquina do tempo.
A saudade, é uma das etapas que me fazem sorrir.
O desprezo, outra etapa, sisuda, e eu penso,
penso na procura de respostas lógicas e inteligentes,
que me afastem da irritante negatividade.
Os arquivos que se acumulam, condensados,
são pequenos contos reais, que já não vejo.
A memória traz-me sonhos desinibidos,
que rezo, intensamente, para não esquecer.
Desisti de viajar no tempo gratuitamente.
Não quero apagar nada que tenha feito!!!!
Nada, absolutamente nada.
Basta fechar os olhos, percorrer
o arquivo imenso dos meus sonhos,
envolvidos em papel de jornal,
guardados nas gavetas da memória..
Quero essa memória, e verdade que tenho.
Usada como aprendizagem inconstante,
ensinando o que sei, na minha humildade,
apreendendo o que me escapa, consciente,
sem qualquer receio, de quaisquer interpretações.
O tempo, deixa de ter verdadeiro significado,
quando, se insensato, o penso em demasia.
Não pára a memória...
Como não pára o tempo,
E quero-o filtrado, por mim. Sozinho.
O que foi bom. O que foi mau. O que quero.
O que é. O que será. O que for...
Quero tão somente sorrir ao futuro,
arrumar o passado que foi gasto. Que ja não uso.
Que nem deveria ter usado..
Quero que a minha memória não se perca,
em demência que me use
em desalinhos controlados.
Quero o futuro, agradável,
não esquecendo o passado.
Não posso perder a memória,
Na minha Máquina do Tempo!

29 maio 2012

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