sábado, 29 de setembro de 2012

O MEU DESASSOSSEGO II



Consegui equivalência ao desassossego.
Defini a prioridade da indiferença, e sim,
Sei que falo muito, com imensa intenção,
Essencialmente pelas frustrações que observo.
Acabo por ser foco de assimilação indirecta.
Rasga-se-me a harmonia do conformismo.
Prefiro que assim aconteça, para ser honesto.
O desassossego, não deixa de ser cativante,
Apesar dos momentos intensos de ansiedade,
Pela máquina do pensamento, que mesmo
Enferrujando ou descarrilando, não para.
Esta fórmula de observação, tem um dom.
A irreverência dos sentidos, em posturas
Que não sendo facilmente adaptadas, reagem...
Reagir ao inadmissível, uma simples reflexão.
Sentir-me fora da zona protegida, é calma,
Sem pânicos mas atento, e reagente assíduo.
A minha alquimia, mantém a praxe do ritual
Que apesar da incoerência, funciona...
O descalabro da sobrevivência, agride
Toda a demência social que sinto, a cada passo.
Demência é a fase seguinte, um desassossego
ineficaz, é fadiga com fraca irreverência.
Sinto-o no meu corpo; sinto o desassossego,
Mas, estranhamente, não o quero perder,
Pelo risco e receio, da monotonia inerente.
Sentir a falta de metas, (in)cumpridas, acorda
A motivação da procura, que se perde tanta vez.
O desânimo é tão perigoso, e acutilante!
Quero mesmo (!) seguir em frente, sem sossego.
Quero estar bem acordado em constante dúvida.
Novos objectivo, e alguns outros por cumprir.
O desassossego, tem uma palavra a dizer, sempre.
Só assim, talvez, consiga o meu sossego...


29 SETEMBRO 2012 

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