segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O CAOS



Preciso urgentemente de me sentir perdido.
Procurar e entrar numa sala escura... entrar.
Rodar ate perder o tino, apalpar as paredes
no desespero claustrofobico de liberdade.
A porta que me guie para um labirinto.
Quero a adrenalina do desespero, agora.
Quero tropecar e cair, levantar e resvalar
arranhado pelos muros que desmorono,
nas pedras soltas que saltam a cada passo.
Preciso do caos urgentemente, agora.
Quero labios secos de sede, na miragem
que os meus dedos quase que tocam...
Quero maltratar-me ate ao limite imediato.
O martirio despreocupado de quem nao sofre,
da nisto... em estupidez determinada de tudo,
pela falta do nada que ja nao suplico...
O sofrimento dos inocentes mata-me devagar.
Da-me ganas de louvar o caos, e de matar.
Matar os idiotas que nao respeitam a Humanidade.
Provar o gosto do sangue, o incomodo dos gemidos.
Provar a toda a gente que o caos e preciso...
O caos e preciso, mas sem crueldade humana.
Quero a dor dos moribundos dentro de mim...
Quero ser eu a gritar... ao me sentir perdido.
Quero chorar em alternativa propria,
regando as almas que me tormentam.
Preciso do caos, para poder sorrir.
Quero acordar deste pesadelo!


10 SETEMBRO 2012

 

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