Tenho este desejo enorme de estender o braco.
Tocar-te para que sinta o calor latejante.
Contornar-te, sentindo nas maos surpresas,
as labaredas com que meigamente me tocas.
Es sim a minha energia que escorre pelo mundo.
A distancia... esta distancia esta exacta.
Para que te sinta, sem a dor da presenca.
Tens uma beleza que me fascina absolutamente,
sempre que te vejo timidamente, assumir no horizonte.
Aqueces-me a alma com a beleza das cores,
fazes com que o meu sangue ferva motivado,
absorto no ondular desse calor poderoso... longinquo.
Bastava-me abrir os bracos, daqui tao longe
abracar-te sem aperto, por ternura da imagem.
Passo horas a pensar contigo, em monologos
desproporcionados pela minha fraca capacidade.
Falamos intimamente neste meu silencio,
do teu abuso que me queima, que me agrada.
Agrada-me essa dor despropositada,
que revela toda a fragilidade humana.
Fecho a minha alma em compassos de tempo,
para que essa energia me torne divino.
Tocar o "inner"... pessoal e intransmissivel.
Mesmo os teus tons de crepusculo me alimentam.
Agarram com a forca do cosmos, os devaneios
de pensamentos, impossiveis de conter.
Uma venia de espirito cheio, onde o ego
treme de humildade, mas me transforma a alma.
Prolongamento dessa tua energia eterna.
O efemero gira em mim, e a tua volta.
Gravito na eternidade do Sol que me alimenta.
Estes momentos frageis e rapidos de vida,
aproveito-os para que nao perca o privilegio.
Alimento-me de ti... de corpo e alma.
26 SETEMBRO 2012
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