O destino é prematuro...
Tenho sensações fantásticas,
ao toque do Sol. Sorrateiro,
que abusa da bondade,
no disfarce da minha pele.
Seca-me e queima-me.
Como eu me sinto na alma.
Mas a energia que me entrega,
é incrivelmente satisfatória.
Não há nada sem senão...
Além de que é necessário.
De cara ao vento,
mais fraco que lento,
absorvo os raios que me tocam.
As sinapses tentam crescer,
mais já não deviam, mas tentam.
É um espreguiçar do cérebro, claro,
os neurónios, esses esperneiam,
revoltados com uma certa falta de respeito.
Mais memórias? Confusão. Ignoro tudo.
Mas o calor aperta,
Dentro e fora do meu crânio.
A loucura, também reage, claro
perde-se ao acordar com energia,
que desnecessária, a loucura,
teima em crescer, e eu não quero saber.
Pois que venha.
E o frio...
Basta acordar de outro sonho,
para inaugurar um outro mundo.
Vou tentar adormecer, pôr um fim,
sem final anunciado.
Preciso de afinar o meu mecanismo.
Estou seco e queimado por dentro.
Mesmo sem essa energia do Sol.
O destino é um fim prematuro.
18 ABRIL 2012
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