terça-feira, 10 de abril de 2012

BEIJAR AS GOTAS D'AGUA



Final de tarde.
O labor feito cansaco.
Agua que me massaja,
as gotas que me excitam
ao chegar o teu abraco.
Vapor de agua,
sons disfarcados
em pequenos gemidos.
Maos que te agarram
que te estudam o corpo
em tactos perdidos.
Corpos unidos, suados
no vapor que cresce
como cresce o que tenho.
O olhar, a tua luxuria
na parede molhada...
O meu corpo teso
que te tira a secura.
Sentimos como farpas
o escorrer das gotas
em dores doces na pele...
e no sentir a loucura.
Bocas abertas... no prazer
as palavras caladas...
Sons decididos, crescendo
nos movimentos moldados
ao por fim, deixar a ternura.
Os teus dedos marcados
em minha pele premidos
nao param,  em aperto louco
quando no fim sentimos
agudos timbres de sinos.
Cansados...
no amor que fizemos.
Beijamos as gotas
que escorrem nos labios
como se chuva fosse...
assim, sorrindo ao
final de tarde.

10 ABRIL 2012

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