A intransigência do tempo alimenta-me.
Não consigo voltar atrás, por bom que fosse.
Mudar, talvez a cretinice e a falsidade,
alterar porventura os erros, tantos que
por serem tantos, o tempo não me deixa mudar.
Também os tenho. Também os sei fazer,
parto pequenas frases em letras pequenas,
que o caos me aconselha a harmonizar.
Desdenho os resultados condicionados
pelas vontades do que se deve fazer.
Foco na minha imagem, o apelo do querer,
mesmo sabendo que estou errado. E erro!
Erro com todas as letras, que me falam
tal como as ondas do mar se entregam,
às areis de praias rochosas, evitando-as,
e à sua rudeza e presunção cruéis, como
alguém, que não quer saber de mais nada.
O nada que amparo, e se passa à minha volta.
Errar é preciso. Apoiando pelo tempo
da consciência, que em seguida, opta pelo certo.
O certo é a subjectividade da consciência.
A cor que nem toda a gente gosta;
O cheiro que nem toda a gente gosta;
A forma que nem toda a gente gosta;
Nem tudo o que atrai poderá ser bom,
se não houver motivo para errar.
Errar é o oxigénio que alimenta a fogueira.
A quantidade, transforma o tamanho
das labaredas, metáfora intelectual,
de um combustível desnecessário,
que tantas vezes nos engasga a alma.
Mas que haja caos... sim!
A harmonia nasce mesmo disso.
É preciso errar mais vezes !
29 ABRIL 2012
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