sábado, 21 de abril de 2012

ESCREVI UMA BALADA

Escrevi uma balada.
Sem musica que a sustente.
Sem alguem que a cante.
Umas linhas soltas de perfume,
uma fragancia quem nem todos gostam,
mas o cheiro atrai sempre ...
mesmo que se nao goste.
Vejo gente numa azafama impessoal.
O contar do tempo de forma incorrecta.
Nao ha almas simples neste mar,
onde esta gente se junta,
num ondular de passo rapido.
Perde-se a simplicidade.
Perde-se a alegria da incerteza.
Uma mar de mentes martirizadas.
Expressoes vincadas pelo rigor,
o nada que teima em estar presente.
Deveria eu chegar, calado
sem pedir nada de nada,
neste palco estranho,
e mudar o papel de cenario.
O burburinho mudava de repente,
alegre, verde e feliz de toda a gente.
Os sorrisos das criancas no baloico,
a cavaqueira de quem nao tem pressa.
Ter tempo de me sentar sossegado
neste banco de jardim, calmo... sereno.
Com alguem cantando.
Com musica condizente.
Escrevi uma balada.

21 ABRIL 2012

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