sábado, 7 de abril de 2012

FALTOU HOJE O SOL


Faltou hoje o Sol.
Descansou algures, sem
a coragem costumeira.
Fiquei em chagas de frio,
na ânsia de um  calor
que nunca quero.
Estranho o ser humano.
Nunca satisfeito...
Nem pelo que tenho,
nem pelo que me falta.
Faltaram-me hoje os raios,
fortes de brilho, o brilho
que me encandeia a visão e,
me desconcentra a alma.
A cor destemida das chamas,
mesmo tão longe nunca esfriam.
Aquecem este mundo louco,
como loucas as minhas palavras.
Como me faz falta a noite,
também me alegra e adormece.
Faltou-me hoje o Sol.
Fotosíntese do meu sangue.
Luz das almas perdidas,
calor que a vida anima.
Faltou hoje o Sol.

07 Abril 2012

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