domingo, 21 de julho de 2013

VIOLENCIA PURIFICADA





Apetece-me toda a violência possível.
Desabafar de forma descontrolada,
contra tudo, contra todos e contra nada.
O motivo, acho que não está escolhido,
nem sei se o haverá, absolutamente.
Apenas uma descarga de adrenalina mental,
apenas os meus neurónios perplexos,
em afluência nervosa de sinapses carentes.
Sinto a violação dos miseráveis indefesos,
dos que não fingem, dos que não têm opção.
As aberrações humanas começam aqui,
no espaço inerte das probabilidades,
onde apesar de identificada a doença,
apesar de haver cura, não haja quem queira curar.
Eu quero, mas sou inofensivo, na determinação.
Os meios não os tenho, além das letras vazias,
cheias de atitude discutível, a não ser escárnio,
critica e irreverência reprimida a esta frustração.
Quero penalizar os culpados com tortura virtual.
Assediar as consciências corruptas dos abutres.
Acabar com o alimento nos cadáveres criados,
mas sim, usando os corpos, ainda vivos,
talentosos, com um sorriso de felicidade.
Quero que se alimente o egoísmo monetário,
mas que engordem os sentimentos humanos.
Todo o resto me cria nauseas dolorosas.
Apenas preciso de ar para respirar,
alimento para sobreviver, além de que
a mente, seja um cristal hipotético,
e me entregue, a purificação da existencia.
Apenas ser feliz!
Comigo próprio, e com o Mundo!
Impossível. Eu sei...

21 JULHO 2013

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