sábado, 6 de julho de 2013

FICO A ESPERA...




Quando o calor me mata de tedio,
fico nesta inercia tao revoltante, que enjoo.
Todas as pequenas coisas que admiro,
derretem pela simples tentativa de pensar nelas.
As pessoas, nem ve-las, nao tenho paciencia.
As bebidas sao geladas de tal forma,
que me doi a garganta, pela espera da proxima.
Tudo isto me faz pensar na minha partida.
Se partir em dia quente, parto tarde
com a vontade do escuro e do fresco.
Tenho tantas duvidas sobre tudo.
Tenho tambem certeza de algumas coisas,
mas derreto as ideias neste calor intenso.
Talvez sexo. Talvez mais calor no corpo,
mas que me de um prazer superior.
Nem ler, nem escrever, nem pensar,
nada das coisas boas da minha vida,
ja nao tenho coragem sequer em andar.
Saudades do Outono, do Inverno,
do frio e das chuvas que depois condeno.
Estou aqui, preso neste corpo, inerte.
Condenado pela espera da saida,
aparando todas estas arestas humanas,
que em nada me glorificam, nem gosto.
Fico a espera....
Fico a espera de sair.
Sair de mim, e daqui para fora.

06 JULHO 2013

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