Às vezes dano-me sozinho,
Ao tentar ter o Mundo comigo.
Não me deixa esta frustração,
Esta impotência desesperante.
Não quero nada de ninguém,
Exijo muita coisa a mim,
Aos outros, apenas verdade.
A minha verdade!
A minha garra, o meu rugido
Já ferido tantas vezes.
Não são os pseudo eleitos,
Que regulam a vida no Mundo.
Há algo no Universo,
Só o Arquitecto sabe.
Todos nós, simples mortais,
Peças de um puzzle estranho,
Destruímos o que foi feito.
Tudo encaixa no sitio certo,
Temos um local próprio e definido.
O que me dana, é ver tantos erros.
Peças que encaixam erradas e,
A minha impotência em as mudar.
Gostaria de ser manipulador,
Só na inteligência dos indecisos,
Os que ultrapassam a certeza dos idiotas.
Tenho uma revolta por organizar.
Uma revolução solitária,
Compassada na profecia do amor.
Oh Deus, como eu sou irrelevante!
Um perfeito incógnito, insolúvel,
Mistura impossível neste mar de ódios.
Dano-me com a Humanidade,
Não me misturo em ódios futeis,
Apesar de viver no meio deles.
O que espero, no final,
Nem eu sei por antecedência.
Apenas sei, que tudo começa,
Por um pequeno nada.
Que de um embrião,
Nasce uma criança,
Que em cada criança,
Cresce o querer eterno,
Num sorriso misturado,
Com o poder da inocência,
A frieza da verdade,
E o futuro na esperança.
21 JULHO 2013
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