terça-feira, 30 de julho de 2013

DESAFIAR O UNIVERSO




Confrontar o Universo como ínfima parte,
Apenas deitado num relvado, de espírito aberto
Numa noite de lua cheia, trás todo o mistério à tona.
Quase me convenço que existir é bom. E é, quase.
As indecisões fantasmagóricas que me prendem,
Quando sei que sim, que é óptimo existir,
Deixam-me louco e com vontade de fugir daqui.
Travar as metamorfoses, uma qualquer teia,
Depois de provar a existência do corpo,
É partir num sopro que me faz planar por aí...
Quero ver tudo lá do alto. Uma nova perspectiva,
Onde possa pairar sem ser visto, sem matéria,
Trocar as teorias por realidades, definir finalmente
Todas as dúvidas que continuarei a ter aqui.
Sei das civilizações ancestrais que tanto dizem,
Que ainda agora incomodam a história e,
Depois de tudo, afinal, apenas sei,
Ainda o muito pouco e mal que se sabe.
Ninguém sabe, tudo se altera, até a História.
Convenço-me mais e mais, que existir é uma batalha,
Uma boa e imperfeita batalha, como todas, onde
O conhecimento depende puramente de interpretações.
As emoções folclóricas, o tempo contemporâneo,
Todos os acontecimentos e demagogias creativas
Romantizadas pelo imaginário dos escribas.
O Universo, traz-me a certeza minimalista,
Das nano proporções que me confundem e,
Somam tudo isso, a uma sensação de realização falsa.
A loucura, tem um papel preponderante na vida,
Todo o poder da imaginação vive de devaneios,
Onde todas as fugas à normas são importantes.
A realidade está inerente a todo o caos,
A tudo que se normaliza, para além do caótico,
Tal como eu, um caos personalizado, em ideias
Que procuro incessantemente, sem ver o fim.
A felicidade, passa por este estágio humano,
Por um desejo infindo de conhecimento.
Só assim desafio sozinho o Universo!

30 JULHO 2013

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