Hoje todas as palavras são frágeis.
Tudo o que me tormenta o espirito,
faz tremer as palavras que escrevo.
Não as aguento quietas, estão frágeis.
Não posso virar esta página,
Não posso mover a caneta com pressa,
Todas as letras caem, desamparadas.
Mais me complica a vida este caos.
Um puzzle que costumo gostar,
Uma sensação de fragilidade,
Mas não prematura, o que desgosto.
Estão frágeis as palavras por si só.
Pela forma que saem da cabeça,
Pela distância que parece ser maior,
Por um mar de coisas secas, inversas,
Diferentes de tudo aquilo que escrevo.
Tenho os restos entranhados nas ideias,
Tudo se afunila no desenrolar dos enredos.
Falta-me tanto de tudo o que quero,
E para já, falta-me o consenso das palavras.
Estão tão frágeis que se partem e, partem
Escorregando no branco desta folha.
Sofrer por elas? Claro que sofro por elas.
Soltar ainda mais palavras, talvez
Aumente este caos que já existe.
Frágil! Frágeis as ideias e vontades.
Compenso no sossego da música,
Os sons mimam a Alma. As palavras,
Essas, estão doentes e ausentes.
Sempre que acaricio esta sebenta,
Todas elas se tornam frágeis,
Tão frágeis como o amor que sinto.
Fico aqui, agora, com medo.
Medo de todas as palavras,
Por que se tornem frágeis.
08 JULHO 2013
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