O meu corpo, devia ser como a neblina,
Onde nada se acomoda permanentemente.
Que os sonhos se espalhem, sozinhos
Sem limites de forma e, as nuvens, fossem
tão frágeis, como a alma, liberta e receosa.
A minha ilusão é diferente; corajosa,
Como os pesadelos sem escrúpulos,
Que me atacam sem razão aparente.
O meu corpo, serve de prova da existência.
Não confio no conceito, porque sou eterno.
Todo o mar é imenso, mas precário.
Ser eu como o mar. Era bom,
Se o meu corpo fosse neblina.
Todos os sons dos elementos,
Quase misturados sem nexo,
Sem um sentido necessariamente correcto.
Assim sou eu e, a minha alma.
Indiferente a áreas e espaços.
Irreverente com a imposição de regras,
Mas longe de prevaricar o caos.
Flutuo como o ar, mais espesso ou lasso,
Envolvendo quem me atrai, com um abraço.
Se não tiver sentido o que escrevo,
A vida não tem razão de existir.
Só as palavras transportam o que penso,
Sem apelo prévio, nem agravo conclusivo,
Nem o desalinho contínuo dos vazios,
Me transformou neste fardo complicado.
Quero sair com a alma, ainda vivo,
Para saber como e, quem sou afinal.
Quero sentir prazer em partir,
Quero sorrir quando o fizer,
Como um sopro, uma neblina curiosa,
Ou até mesmo, outra coisa qualquer.
23 JULHO 2013
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