Perdi-me no azul.
Uma cor como as outras.
Um azul não celeste,
nem mar, nem ar.
Azul.
Nem o fogo o conhece,
nem a terra o amortece,
o azul que é só, e tão meu.
Um azul que não tem cor,
apenas ansiedade pessoal,
e a vontade de o ter aqui.
Troco tudo pelo nada,
em toda esta calma,
apenas dominada pela cor.
Trocar a calma com a alma,
sem sentir os sons da dor.
Perder-me será azul,
será esta a cor que amo,
como amo toda as cores.
Mas o azul...
O azul, o céu e o mar,
uma razão por encontrar,
ter-me a mim, por um olhar.
Tenho laivos egocêntricos,
de todas as cores,
com a memória do amor,
e dos arrepios que sinto.
Quero azul sem qualquer pudor,
quero a verdade presente,
e a certeza que não minto.
Quanto azul tem o amor!?
Perder-me no azul,
No meu, no céu e no mar.
Perder-me para sempre,
num azul omnipresente,
até ter a coragem,
e um dia, te encontrar.
13 JULHO 2013
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