quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DIREI EU ÀS NUVENS



Preciso dizer às nuvens,
que entendam o tempo.
O meu tempo de passagem,
único sopro de vida,
tal como elas o entendem
desfeitas num intervalo de ar,
entre o globo e os equinócios.
Só o Sol e a Lua coordenam
sem futilidade a perda de tempo.
Preciso recuperar o ancestral,
a alquimia da pedra filosofal,
a alma, como oiro químico,
invisível aos incautos e leves;
Construir o Pódium do sonho,
Onde me sento no meio,
voando de lugar em lugar.
O tempo é o pó cósmico,
com oiro misturado nesta rocha que,
apenas as nuvens atenuam a rigidez.
São como algodões doces que provo,
sem quaisquer mimos de pequenez,
senão a poesia que transportam.
São pequenas mas constantes, talvez
como a personalidade dos anjos.
Assim que entender o tempo,
prefiro deixar o corpo e ser nuvem.
Quero ser leve, voar com o vento,
sorrir a cada sorriso que veja.
Trovões serão a raiva que sinto,
com que castigo os sádicos.
São sádicas as guerras e abusos,
é feita de sorrisos a vida simples.
Preciso dizer às nuvens,
que mudem o tempo,
de uma vez por todas.

28AGOSTO2013


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