Se fosse hipócrita, ficaria calado.
Mas não sou, isso faz-me falar.
Faz-me falar das coisas que penso,
coisas simples, complicadas e outras.
Por vezes no ímpeto, chamam-me miudo.
Talvez por ser uma nova crianca adulta,
ou mesmo pela estupidez de quem me chama.
Não ligo a essas hipócrisias, apenas memorizo.
Faz-me pensar que nasci humano,
se por privilégio ou desencanto, mas nasci.
Mas ao nascer, nada acontece por acaso.
O acto paritório, trás uma nova vida.
Nascer, é uma nova auto-transformação,
absorvida por dádivas diferentes,
tão novas como irreversiveis, apenas o Eu.
Nascer e renascer, pergunto-me eu,
será a mesma coisa?! Pois que sim, que seja!
O meu perfil humano esta delineado.
Sou um ponto no centro do mundo.
Um centro de alma, na alegoria da vida,
e consumo tudo com a avidez de esfomeado.
Quero o próximo passo de quem entende.
Quero sair por tempos irrisórios e ver tudo.
Toda a paz que a alma suporta,
na revolta que o Ego absorve disfarçadamente.
Nao sou pouco ou relativo no que toca a massa.
Sou um ramificado inteligente da ignorância.
Sei que nao sou hipócrita, porque grito.
Deixei de falar, por monotonia,
Passei a gritar por convicção.
Nasci um dia assim, mas quando nasci,
sem qualquer promessa visível, prometi...
Que nunca seria hipócrita!
Que nunca mais mentiria!
Que ao nascer, seria o que sou,
um anónimo humano, onde a Humanidade,
tem de o ser, a liberdade tem de existir,
a crueldade civilizada tem de acabar.
Pois quero isso sim, nascer hoje,
nascer todos os dias que sejam assim!
Renascendo, sou alma e, nova raíz!
06 AGOSTO 2013
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