Sonhei o Sol na ponta dos dedos.
O calor que arrefece, a cada toque,
Sem queimar essa tua pele, nua e macia.
Seria um acto eterno, apenas um toque!
O fogo, esse queima-me os labios,
Que arrefecem a cada toque nos teus.
Os dedos, sao raios quentes, solitarios,
Que apesar de tudo, te arrepiam o corpo.
Sonhei os gemidos que me confessas,
Por cada desflorar de todas as aguas.
Tenho a torrente de um novo vulcao,
Toda a lava incandescente por soltar.
O teu vulcao, esse teu seio; um beijo,
Com toda a sofreguidao do desejo.
Nao ha cinza que se espalhe,
Nao ha desastre que aconteca,
Apenas a mistura de todas as lavas.
O calor, cola o suor dos corpos,
enquanto te sinto tremer, envolvido,
num aperto de pernas, tal terremoto.
O Sol, como a volupia, sao gemeos.
Toda a magma que escorre me queima.
Nao ha dor, apenas fervor, quero mais...
Quero muito mais! Quero morrer assim,
queimado por esse calor do Olimpo.
Quero ser o filho de Zeus, mais um
que desca ate absorver o teu corpo.
Sonhei algo divino, sem ser Deus,
talvez um filho bastardo, infectado
por todo o desejo de qualquer mortal.
Alimenta-me, como Sol por queimar,
ao toque dos teus dedos. Deixa correr,
toda a lava que ha por escorrer, em ti!
09 AGOSTO 2013
Lindo poema!!!
ResponderEliminarViajei nele.
Um beijo
Obrigado Elzinha, um beijo
ResponderEliminarAdorei!!!! :-)
ResponderEliminarFico contente Cristina! Bjs
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