Será este o momento ideal?
O espaco onde respiro,
A esperança que não encontro?
Um lápis de carvão, serve-me
O esboço precipitado que risco.
Que tenho eu para te dizer?
Nem eu sei, mas sei que tenho.
A pão e vinho, desafio o palato,
Se ser simples, é riqueza, sou rico.
A textura da árvore, arrepia-me
A mão, a ânsia do tacto.
Basta-me as sensações básicas,
O calor, o sol, a pele,
A vertigem do prazer.
Será este o momento?
Ao abrir os olhos tudo difere.
As sensações mudam,
Tornam a dimensão do poder,
Numa desproporcionalidade oposta.
Numa desproporcionalidade oposta.
Perco a pureza do momento,
Satisfeito pelo orgasmo mental,
Subjugado ao cansaço inerente.
Separam-se os dedos,
Ávidos de toques no teu corpo.
Nesse teu corpo ausente.
Há terramotos de desejo,
Há terramotos de desejo,
Formigueiros deliciosos no corpo,
São sensações básicas de mim.
Será este o momento próprio?
Procuro-te.
Mas não te encontro.
Mas não te encontro.
10 AGOSTO 2013
Há sempre momentos!
ResponderEliminarSempre!
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