Seria eu sábio,
sabendo o que não sei.
Seria eu Homem,
sem aplicar inteligência.
Seria eu real,
se não sentisse a alma.
Seria eu nada,
sabendo porque existo.
Pois seria tanta coisa,
se soubesse as respostas.
São tantas as dúvidas,
que reforçam a existência.
Desmarco-me da ilusão,
como cúmplice do sonho.
Todo o mundo que não vejo,
paralelo ou abstrato,
aguça-me a vontade. Saber...
Quero um portal que não encontro,
um buraco negro das memórias,
onde todos os gigantes procriaram.
Nasci desse abstrato,
recheado de utupias que não sei.
O livre arbítrio alimenta-me,
opta por um Eu autónomo
nas teimosias que me apetecem.
Ser humano é ser quase fraco.
Se fosse sábio,
faria um molde diferente.
De carne e espírito frios,
condicionados à lógica do bem.
Beijava todas as crianças,
que os filhos da puta
destroem até à morte.
Já não tenho dúvidas,
falando do Homem.
Só tenho pena no fundo,
por ter sido arquitectado.
Até os génios,
até os sábios,
até Deus falha.
Quase no fim,
Este Mundo..
28AGOSTO2013
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