Um facto, estou condicionado ao tempo!
Travão da minha imortalidade imaginária.
Nem imaginando já lá consigo chegar.
Talvez procurando um novo Xangri-La,
Uma nova fonte de juventude como droga,
Que me amorteça o final da existência.
Talvez essa droga me torne lúcido, talvez...
Se a alma me ouvisse agora, acordado,
Seria penalizado cruelmente já de seguida.
Talvez já não tivesse direito ao próximo sonho.
Só a miscelândia de todas as palavras,
Que neste momento me servem de droga,
Transforma a minha loucura em lucidez.
A minha fonte cresce nos dedos, secos,
Que vão gretando no químico da tinta.
Um liquido alquimico com poder intenso,
Tão imenso como o alimento da alma.
Troco este mundo por qualquer outro,
Desde que hajam arte e mulheres.
Nao consigo fazer nada sem ambas,
Apenas gozar do silêncio, pensando nelas.
Para quê um líquido utópico e mítico?!
A idade é o auge da sobrevivência,
A soberba de toda a sabedoria.
E eu adoro a Soberba, de tudo!
Espero que o tempo seja lento,
Sem pressa de nada por adquirido.
Que se mantenha como milénios,
No vagar e degustar desta vida.
Seja ele vagaroso, assim como é.
Assim vivo o consiga usar,
Assim vivo ainda me canse,
Sábio de velho, até morrer.
14AGOSTO2013
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