segunda-feira, 12 de agosto de 2013

(MEUS) CICLOS DO TEMPO




Escrevo como o tempo!
Incerto e lento. Por ciclos.
As minhas estações são diferentes.
Menos certas e previsiveis,
um autêntico caos.
É importante um pouco de loucura.
Toda a regra nasce do caos,
tal como o Universo. Sou assim.
Sem ponta por onde se pegue.
Um complicado organizado,
a mistura de permanente das ideias,
é tão estranha que so eu as entendo.
Aqui, no papel, falo comigo.
Apenas fica em aberto a partilha.
Assim, sem vos ver,
sem me ouvirem falar,
absorvam os meus gritos.
Oiçam-me falar da miséria,
do amor, da vida e de coisas simples.
O tempo, progenitor da vida,
torna-se impertinente e teimoso,
por esta lentidão cadenciada.
O inexplicável existe,
mesmo não o sabendo explicar.
Todo o caos me confunde,
apesar na certeza e na dúvida.
Sou como todos os outros,
um paranóico disfarcado, mas
com a coragem de ser assim.
Tenho tudo em mim, misturado,
a memória, o presente e o sonho.
Escrevo coisas sózinho,
sem que me oicam,
sem que me vejam,
sem que me sintam.
Sou incerto e diferente,
como os (meus) ciclos do tempo.


12AGOSTO2013

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