Apenas e talvez eu,
que escrevo devagar,
me sinto feliz pelas palavras,
básicas e tão simples como são.
Só o amor que é tão diferente,
os outros amores de quem sente,
entendem esta minha convicção.
Poetas são os outros,
grandes, dominantes, inspirados
com o dom de quem escreve.
Apenas e talvez eu,
que sinto deslumbre, que leio,
que escrevo e invento,
sinto o mesmo tormento,
mesmo sendo assim leve.
Não são cartas no correio,
são palavras que voam no vento,
que me fazem sentir este meio.
São as cores do campo,
os cheiros que sinto,
amores, um beijo, um seio,
transformam o mundo ao escrever.
Apenas e talvez eu,
incerto de comportamento,
entenda o que me vai por dentro,
mais que ninguém o venha a saber.
Só preciso do tempo,
uma hora, um momento,
porque sinto o tormento,
de um Deus que o mundo quer.
Preciso de pouco,
não por ser mais ou menos louco,
mas apenas,
para que possa escrever.
02OUTUBRO2013
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