Por vezes, apenas
tudo falta,
tudo!
Um piano,
calmo,
profanando o silêncio,
inteligente,
arrepio.
Paragem no tempo.
Um desejo simples,
efémero prazer,
de quem sabe,
de quem toca,
o que lê,
o que ouve.
São diabos no ar,
inofensivos,
suavemente
agrestes, comigo.
Rodo o corpo,
rodo,
e rodo,
de olhos cerrados.
Sofro a Boémia,
o acordeão,
o quartier latin,
livros velhos,
o cheiro a mofo.
Tudo!
Tudo faz falta,
às vezes,
tantas vezes.
Uma cidade,
um amor,
um desejo.
Falta-me tudo!
15OUTUBRO2013
reminiscências como poeiras
ResponderEliminarde faltar sempre
o arrepio do calor
o suor do frio
o instante perfeito
Todos os antagonismos da "falta"
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