Percebi finalmente a minha pequenez!
Sou ínfimo aqui, neste espaço medonho,
Quase tão enorme como o meu sonho,
Mas tão pequeno à vista do Arquitecto.
A essência de toda a vida,
Todas as vidas de pés na terra,
Têm geomancia como arca, indefinida,
Demasiada. Demasiada com tanta gente,
humilde, que sofre e impera sem o saber.
Os rios que não separam as margens, são
Oceanos que nos unem em linhas rectas.
A fraqueza, está em corpo e carne,
Apesar do sustento das almas,
Que sempre os renovam.
São os mistérios que movem a alquimia,
A procura de todas as pedras filosofais.
A Humanidade, essa, divide-se negativamente,
Pelos próprio meios que a sustentam.
Sei da destruição de almas que renascem,
Sei do menosprezo à vida terrestre.
Apenas a pobreza se perde em crescendo,
Apenas me dói sentir que sou humano,
Ver crianças morrerem famintas,
Ver a doença evitável e ignorada,
Ver um mundo mentiroso e utópico,
Ver a continuidade da ignorância,
Por desleixo profano e egoísmo!
Pudera eu ser Deus por um dia!
Juntar todas as chamas individuais,
Juntando a minha própria,
Só de uma chama faria fogo.
Queimaria as ideias idiotas, a amargura,
Destruiria todos os pecados solucionáveis.
Apesar de tudo, vivemos nesta contradição.
A de destruir para voltar a criar,
Sem conhecer esse poder de origem.
Morrer para voltar a nascer.
Sofrer na procura da felicidade!
Estou farto!
Perecebi a minha pequenez!
28OUTUBRO2013
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