quarta-feira, 6 de março de 2013

PROVOCAR POESIA



Gosto de sentir a partilha de poesia!
Muito mesmo! Sem procura de nada.
O egocentrismo de alguns, a sofreguidão,
envergonham o meu senso natural da escrita.
Mas há esses que vivem assim. Nada contra.
Forma e discernimento que não partilho!
Mas entendo; acho!? Nada de grave.
A poesia é isto! Formas de ler a vida.
A minha, essa, é complicada. Não só na forma.
Eu sei que ajudo. Complico, com intencionalidade!
Gosto da dialética, mesmo que disfarçada!
Gosto da inocência, mesmo inexistente!
Gosto de provocar todas estas afirmações!
E saio de leve, abstendo-me disfarçado e,
sem partir, ficam apenas os comportamentos.
A poesia é fértil, em todas as vertentes.
Uma arma, um defeito, uma virtude.
Um senão, um porque, um cometimento.
Por isso partilho e, sinto retornos.
Mesmo os silêncios falam comigo.
Mesmo não recebendo, percebo!
Percebo a ineficácia da minha intenção.
A supremacia dos institucionalizados,
mesmo que disfarçados e não isentos.
Não existe nada disso. Isenção!
Nada, nem ninguém, é isento... pura mentira.
Um engolir em seco, talvez. Um fechar de olhos,
uma crítica adiada, ou o desprezível neutro.
Por isso gosto da partilha.
Muito mesmo! Sem procurar nada.
Apenas e só, amo a poesia!
Apenas pela poesia!


06 MARCO 2013

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