sexta-feira, 1 de março de 2013

FELICIDADE PERSONIFICADA



Tenho a boca seca de palavras inuteis.
Este e o estado a que cheguei por nada,
absolutamente nada, daquilo que sempre previ.
Ha um nada enorme nas ideias humanas.
Os ideais, tornaram-se complexos,
a simplicidade gerou controversia irreversivel.
Sinto o cheiro de suores que a mente extrai,
pelo espremer de ideias que nao habitam,
que deixaram o habito de imaginar a alegria.
Quero pegar em mim, num retiro pessoal,
onde a calma do ribeiro, lustre o seixo
em harmonia aveludada do envolvimento.
Tenho este secreto ciume da pedra nua,
envolta em mimo natural, que mesmo frio
tem o poder de me aquecer a alma.
Quero esta felicidade nao prematura,
condigna da experiencia dos elementos.
E o toque que nao sinto na pele...
Aquele afago supostamente meu,
que dei e dou, e quero ter. Tao simples...
Por isto me sinto seco, com um riacho
aqui tao perto. A fonte da liberdade,
que nao para o curso indefinido do tempo.
E o cheiro que por mim fica, nao o lavo.
Quero que fique empregnado, na pele
na alma e nas ideias que surgirao um dia.
Um dia brilhante, como o luar...
Quero o brilho envergonhado do luar.
Algo que me possua desenfreadamente,
 ate a exaustao, como a mulher que amo.
Quero sofrer pouco, mas constantemente.
Quero esta dor meiga e viva do mundo.
Deixarei a secura de lado, na sofreguidao
cadenciada de uma gota, que escorrera
fina por um dedo, por uns labios quentes
que toquem os meus, que alimentem
o calor, que acumulei na minha boca.
E gritarei, sem a sede original, as ideias
os ideais que acho precisos e indecisos.
De alma e ego cheios, serei finalmente
a felicidade personificada!

01 MARCO 2013


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