O desejo do meu destino, é subjectivo.
Não quero destino como finalidade,
apesar de gostar da previsibilidade.
Previsibilidade aparente, algo brilhante,
algo que se pareça com a força do Sol.
Quero entender, a cadência do tempo.
Quero perceber este envólucro,
que transporta a minha realidade.
Adorava virar as costas ao Sol,
sem ver a minha sombra projectada e,
ficar positivamente disperso,
Por todos os elementos imprevisíveis.
Saber que sou eu, em alma,
podendo escolher a minha imagem.
Olhar-me todos os dias, enfada-me
pelo previsível da minha imagem.
Não desgosto, sou sincero!
Gosto de mim assim, não quero outro.
Não há o poder incrível da escolha e,
a diferença, poder começar por mim.
O poder enérgico de uma estrela,
não muda; a viagem da imagem,
por quem a recebe, onde e como,
é o caos personificado, inexplicável,
mas com a energia necessária.
A sombra é um exemplo. Admirável.
Só assim controlo a minha imagem,
descoordenando a minha sombra,
tentando controlar a energia projectada.
Funciona como o destino, incerto
incapaz de garantias, de objetividades,
desejáveis, ou indesejáveis, mas
sempre alterado pelo estado de espirito.
A alma, essa goza em pleno jejum,
em malícia de pequenos pormenores,
na doçura eterna de descobertas constantes.
O corpo é um elemento subversivo,
adaptado à resistência física,
mesmo que fraca ou forte, mas
com o previlégio de transportar,
a essência da vida por uns tempos.
E vem a sonolência do corpo,
a obrigatoriedade e única distração,
onde a alma ganha a força,
onde desenvolve o sonho e,
se vinga na insónia depressiva.
É aí que nem a sombra me salva.
O meu destino é subjectivo,
Objectivo é o meu desejo.
22 MARCO 2013
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