terça-feira, 2 de outubro de 2012

QUE SOPRE O VENTO



Que sopre o vento.
Que o breu se atreva
e eu sinta a luz da memoria.
Que as tuas maos
percam o frio no meu corpo
que voa, que se esvai solto
a cada toque... a cada sopro.
As palavras simples
enamoram-se nos ventres
o rio que corre,
teu e meu, em cada toque.
Morre a saudade
ja sozinha e perdida
no reencontro das nossas maos.
Mordiscar labios quentes,
lubrificados por carne ardente
onde em riacho a corrente
desagua na calma de um beijo.
Tanto desejo.
Que sopre o vento.
Sentir a pele arrepiada
sentindo tudo depois do nada
mesmo sem estar presente.
Escorrem os desejos
em sofreguidao activa
pelo vacuo dos beijos
de leve... atinjindo a meta
sem lembrar a partida.
Que sopre o vento.
E me lembre de ti...

02 outubro 2012

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