Todas as promessas que conheço,
são pedras de arremesso, dolorosas.
É preciso ter um gene programado,
pela displicência e sorriso nos lábios,
na porca destreza do potencial mentiroso.
Tem classe e brilha fosco, prestativo
até ao fundo de um poço, ao tropeçar
na verdade, como anedota caída no vácuo.
O bónus, oferecido em promessa refinada,
previamente calculada e nunca cumprida,
seria uma bela prenda em veludo azul,
de ouro fino, na forma de corda torcida
lindissima como a promessa imunda,
colocada muito a gosto... No pescoço.
Faz-se pompa e circunstância ao mentiroso.
Tem poder e desenvolve fino e grosso,
a forma manipuladora do sonho do fraco.
São potentes e criativos, epidémicos
e geneticamente desenvolvidos, aceites
afinal pelos que ouvem e os consomem.
Somos uma cambada de renegados,
conscientes da fraqueza futura, mas
desta doença, pelos vistos, não fugimos à cura.
Surpreso ficarei um dia, educa(n)do
uma classe competente que me governe.
Há o vício da mordomia, o novo rico,
que em desespero de causa, acrescenta
sem fim previsto, interminável capacidade
do luxo fusco, com que se auto gratifica.
E ficamos assim... nas promessas,
nas promessas que eu conheço,
a procurar pedras que arremesso,
para acabarem com a mentira,
de uma forma igualmente dolorosa.
Nestas linhas, tenho pedras.
Nestas linhas, vos condeno,
a um final cruel!
14 OUTUBRO 2012
Caro amigo Poeta!!!
ResponderEliminarPerdoa-me a invasão, mas temos amigos blogueiros comuns. Gostei do seu Blog e achei maravilhoso seu texto. Já o estou seguindo. Está de parabéns!
Poeta Cigano - 14/10/2012
http://carlosrimolo.blogspot.com
Amigo Carlos, e um prazer enorme receber este comentario. A invasao nao existe, mas sim partilha honesta, tal como a minha poesia. Bem vindo, e o meu obrigado! Abraco.
EliminarDemais! Sucesso! Liian Reis.
ResponderEliminarObrigado e bem vinda Lilian!
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