Lembro-me do quarto de Hotel!
Reencontrei-te, onde o mar acalmou
o receio de te tocar. Senti o vazio das rosas,
nuas de pétalas recentes, onde o veludo
fresco, se misturou no cheiro da tua pele.
A incredibilidade do momento, passou.
Assim o vento, teimou gemer inquieto,
tão nervoso como eu, na ansiedade do teu corpo.
Uma varanda fechada. Um som tão surdo
como o silêncio do nosso desejo.
Não foi a rosa que te dei, nem o champagne,
que nos animou o corpo, talvez a maré viva.
Imortalisado o momento. Foi muito mais...
Foste tu. Fui eu. Foram horas de pele refinada,
tocadas com sabor, escorreram seivas de amor.
Todos os vulcões se fundiram. Desenfreados
numa fusão que nos derreteu. Transformei pedra
em lava incandescente, jorrei a seiva
do prazer, nesse vale humedecido.
Foi tão sagrado como a arte. Um bailado,
uma tela, um teclado. Não contei o tempo.
Esgotaram os corpos. Finalmente.
Mas o sabor, o cheiro do mar,
tal como todo o suor, resistiram fortes.
Organizei-os no arquivo da memoria.
Rezei que parasse o tempo,
Rezo que volte o momento.
Lembro-me daquele quarto de Hotel!
26 OUTUBRO 2012
Também estou seguindo seu blog, amigo Carlos Lobato. Parabéns pelo seu trabalho. Abraço.
ResponderEliminarObrigado Meimei, fico feliz pelo comentario! Abraco.
EliminarParece que estive lá também, adoro!!!
ResponderEliminarAgrada-me saber que o impulso se torna assim realista!!
EliminarE essa a intencao!
Obrigado...