segunda-feira, 15 de outubro de 2012

ESCURIDAO




A decisao do meu espaco, e a escuridao.
Gosto de luz, de Sol, de tudo o que implica
o positivismo terno, de esperancas perdidas.
Mas a escuridao... um quarto escuro
nao necessariamente breu, mas a sombra
de um cinzento palido, que me toca indelevel
como ouvinte atento do meu pensamento.
Nao quero confundir a forma negra
da negatividade, mas explorar a pureza
que a escuridao possui, calma e disfarcada.
A sensacao do vazio da procura, um pesadelo
tao antigo como eu, a procura de uma porta
escondida numa area que nao conheco,
recompensa-me com o iluminar do caminho
no valor superior, do poder da escuridao.
Como a noite que remexe os amantes nus
nos corpos que nao se perdem, que se conhecem
em tactos luxuriantes, explorando o misterio
do proximo toque, do proximo beijo no escuro.
Escuridao da-me a liberdade de expressao
sem olhares criticos, mesmo que sinta a presenca
remexendo corpo, ego e alma, sem refreios
nem criticas que aceito, por nao ser perfeito.
O espaco, esse ainda nao conheco realmente.
Existe, sei que o tenho de tamanho inconformado
em paredes de papel que tremem, por cada bafo
sereno ou de desespero, onde limito a escuridao.
A minha escuridao esta no fechar dos olhos,
como ponto de partida para a ilusao consciente,
onde me perco em passado e presente,
no sonho imprevisivel que me ilumina.
Escuridao passou a ser o meu ponto de encontro,
onde tudo e todos se movem em bailado
tao contemporaneo, com a expressividade
de procura insistente e permanente,
de um ponto de luz, que mesmo sendo fraco
longinquo ou disfarcado, sirva o proposito
de iluminar esta escuridao, com esperanca.
Mas nao pensem que me escondo.
Gosto da escuridao... porque me ilumina.

15 OUTUBRO 2012

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