Desde que me lembre, a cinza do absurdo espalha
todo um cheiro e desconforto total, em tudo que toca.
Ser absurdo é o acto do (i)realista intencional, que
na crítica que tenta ser fogaz e incisiva, se
torna pobre pela (in)capacidade e (in)competência,
ao opinar aquilo ou o que até sabe interpretar.
Só tem como defeito simples, tentar inibir opiniões
a que todos temos direito. Absurdo é alguém que
se acha detentor da verdade, sem créditos de opção.
Muita gente absurda existe neste momento.
Se a vida do comum mortal, desde incultos a cultos
incompletos, fosse respeitada, um mundo diferente
sobreviveria, de forma muito mais agradável,
tal como o comum mortal, que especificamente inculto,
observa, crítica e absorve, por exemplo, a beleza das artes.
Basta gostar. Basta interpretar o filtro individual,
o prazer exacto, que cada circunstância ou matéria
representa e, alimentar de forma única, o próprio ego.
O poder do absurdo, está na forma e, ao deixar de a ser.
A falta de tempo, ou a arrogância da pouca paciência,
transforma o "iluminado", em criador de castas sociais,
que ele próprio na fineza intelectual com que se intitula,
critica tudo de forma afincada e publicamente irreverente,
como sendo anti social, ou até altamente reprovável,
pela aplicação do seu "modus vivendi" civilizacional.
Tudo isto me faz correr as letras e, perder o fôlego.
Neste século contemporâneo, intransigível por obrigação,
ignoram-se os atrasos civilizacionais de outros povos.
O absurdo tem o poder máximo no egoísmo politizado.
O escárnio critico, no rebaixar outras ideias, acaba
por conquistar seguidores fanáticos, pela absurda
forma intransigente, a quem tem ideias opostas.
A democracia é uma horta fértil destes frutos.
O absurdo floresce, germina criando uma flor
que atrai atenção pela novidade, mas que apodrece
sem hipótese opcional, deixando um rasto nauseabundo.
Esta horta devia plantar frutos doces, agradáveis e desejados.
O absurdo cria a cinza das ideias, atiçadas por si próprio
na sua própria fogueira, em contrasenso ambiental
onde esse mesmo incêndio intencional, destrói toda
uma floresta recheada de egos simples, que têem
todo o direito de respirar ar puro. Esta cinza é nefasta.
Nada absolutamente mais ignorante, que o génio absurdo.
28 OUTUBRO 2012
Carlos!! Sou apaixonada por seus escritos.
ResponderEliminarAdoraria poder dividir com muitas outras pessoas as coisas boas e inteligentes que leu mas infelizmente
cada um lê pra si, como tudo no mundo.
Minha querida amiga, fico feliz pelo comentario!
EliminarAssim, torna-se mais facil e motivador, continuar a escrever. Beijos