sexta-feira, 4 de maio de 2012

SENTIR O VENTO...


Senti o vento assobiar por nesgas
Da janela, tentar entrar  no meu quarto.
Comunicámos por sussurros e pequenos sopros,
Aprendi um acordar calmo e,
Com o Sol  interpretei a vida.
Forte e suave como as nuvens que passam,
que não param, que me envolvem o corpo.
Lá fora. Reagi aos desatinos evitáveis,
que insistem em fustigar o bom senso.
Tempestade que mexe raízes,
abanando os alicerces ainda fracos,
do meu ainda pensamento fragilizado.
É bom sentir o vento.
É tão bom!
As brisas que me falam, são tão leves
que nem as sinto, e quase não ligo;
passam por mim assim, sempre
diferentes, como as horas, como o tempo.
A frescura na pele, activa o calor
do sangue que me percorre, marés
que não param nestes anseios constantes.
Tudo espera,  porque anseia o vento.
Este vento que acorda o espirito,
e contorna o corpo que o enfrenta.
É bom estar vivo.
É bom sentir o vento!


04 MAIO 2012

2 comentários:

  1. Que dizer a mais? Lindo poema e escreve muito bem e muito bonito! Parabéns...
    Também eu adoro o vento,desde sempre,é bom senti-lo deslizar em nós e sentir que estamos vivos!

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    1. Eisso, Maria Batista... os elementos lembram-nos que estamos vivos.

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