domingo, 27 de maio de 2012

OUVIR AS CORES



Ouvir, as cores que não vejo.
Ter e procurar capacidades estranhas,
Onde o sustentável é genericamente normal.
Pura e simplesmente, não existe!
Quero criar algumas cores,
Desconhecidas,
Tons e valores, invenções minhas.
A forma desconexa do tempo.
Imagens que só eu penso,
no meu cagativismo à recepção dos outros.
Só quero imaginar o que me toca,
Como uma mulher,  com prazer e,
Sentir os orgasmos mentais que procuro.
Nada mais. Absolutamente nada mais.
Viver, é intenso quando acordo,
Mesmo quando o sonho adormece.
Sou teimoso nas minhas perspectivas,
(não o somos todos?)
Sou exigente nas coisas mínimas,
Porque são essas que importam.
Por isso, desligo-me de críticas.
Renego a ideais pseudo-existentes,
Na euforia e gozo da minha felicidade.
Quero navegar nesses mares incertos,
Porque só assim, gozarei as diferenças
De tudo o que não sei. Imagino!
Quero ser simples, tal como sou(!),
Correndo os riscos das interpretações
Que os "eleitos" me possam refrear.
Sou o que sou. Vejo o que vejo.
Sou a carne que se transforma em alma,
Sou a felicidade que me recuso a mostrar,
Tantas vezes, porque quero ser só.
Mas sinto tudo. Tudo o que possam querer,
Mas muito mais, aquilo que eu quero!
Quero ouvir as cores que me pintam,
Os sons dos quadros e retratos estranhos,
Com que me pintam, como os vejo,
Coitados. Como so sinto!
Quero ser impressionista, desfocado
Em telas de pavor e cor, enevoando-me.
Quero ser o que sou e, finalmente
Mostrar-vos, toda a minha cagatividade!
Sou simples. São as minhas cores.
Apenas eu!
Gostem, ou não...

27 MAIO 2012

2 comentários:

  1. Bravo!
    É de pessoas assim, simples, que os poetas emergem...o resto é conversa!
    Parabéns!
    Um abraço poético na simplicidade das palavras!

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