terça-feira, 21 de maio de 2013

SE CHEGASSES AGORA




Se chegasses agora,
corria ao teu encontro.

Uma estacao de comboio,
um aeroporto, um caminho
um qualquer outro ponto.

Esperava por ti.

Sei de um remedio que cura...
Tenho a duvida, se afinal senti,
o paladar doce da loucura.

Se chegasses agora,
esperava calado.

Sentado,
um banco de jardim,
os cheiros verdes.

A luz, que partiu alta,
por ja nao ter natureza.
Mas ao sentir tua falta,
espera por ti com certeza.

Se chegasses agora,
nao te via, nao te ouvia...

Tocavas-me o ombro,
incerta da pessoa que sou.

O silencio falava,
por mim, por ti...

Se chegasses agora,
despia-te do desejo,
e o meu, ja nu
possuia-te.

O cheiro da cama, esperou
desde que partis-te, por este dia.

Fechadas as portadas,
um quanto baste de luz.
As velas crepitam acesas,
as peles arrepiadas e tesas.

Se chegasses agora,
beijava-te,
e ao som das palavras,
ficavas.


20 MAIO 2013






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