Estou farto deste jejum de palavras.
Vazio se tornou o valor da existencia,
neste constante desabafo inexistente.
Tudo sorri a minha volta, a minha vida...
Ate eu proprio, na minha constante insegurança,
sobrevivo na felicidade, com feicoes que nao finjo.
Tenho a benção de saborear tudo o que quero,
beber o que sinto, sem ter de esvaziar emoções.
Tirei o retrato do mundo, mesmo que tao básico.
Adorei as atitudes simples... o preto e o branco,
sem as cores, e sem o realce do que não preciso.
Adorei as cores, sim... depois, compostas de sonhos.
Amei e amo a lentidao terna, ao passar do tempo.
O meu tempo... A ternura que tanto estranho,
ao trazer esta emoçao permanente, que me agrada
que me acaricia, com a mão áspera da pureza.
Tenho o desafio da saudade, que me corroi em sabor de mel.
Desfaço toda a eloquência da falta... desinibida numa imagem,
num afago na pele que deixei, numa nostalgia contemporanea,
num sorriso que me traz o simples amor das palavras.
Penetro na mais quente das carnes, atabalhoado
pelo libido estonteante da minha alma apaixonada.
E não me perco... ate mesmo neste labirinto de cheiros,
onde as sebes me confundem, e pesam a frieza logica.
Mas o orgasmo preenche-me enquanto escrevo,
quando o jejum das palavras se esvai e evapora,
onde o troar dos farois, derrotam o nevoeiro denso,
quando me entregam as margens seguras... e o sonho.
Sinto o egoismo da fartura, na soberba gula pecadora,
que me alimenta, ao desinibir este meu jejum de palavras!
Quero papel...
Quero tinta...
Tenho fome...
Quero palavras!
17 DEZEMBRO 2012
Estou esfomeada pra ler.
ResponderEliminarFico contente que as minhas letras nao me alimentem so a mim!
Eliminarbjinho Enide :)