sábado, 1 de novembro de 2014

SEM LIMITE




Abraçando o limite,
com uma linha separadora,
de um muro amolecido.
Uma vontade intransigente.
Um abraço.
Tudo parte de um abraço.
O que me limita, é o vácuo.
Há muros inerentes.
Não sei a quê, mas há!
Nunca se separam,
indultos por indução.
Como amo eu o Mundo.
Ó meu Deus como amo tudo!
Até a inexistência do amor.
Mas amo.
Sei que nasci para amar!
Estou indistinto com a vida.
Se individualiza-se,
prometeria o que não existe.
E isso não posso.
Sou pomposamente imperfeito.
O meu sermão é predispor,
é inidóneo de uma glória inexistente.
Só o limite me sustém.
Sem limite. Sem disposição,
sem sustentáculo ejaculável,
de uma perfeição sonhadora.
Caí numa vida alcantilada.
Só a discórdia comigo próprio,
me aproxima da exaustão imaculada.
E fico. Aqui. Absorto em mim.
Sem chauvinismo algum.
Realista com a vida que tenho.
Optimista com a vida que quero.
Á tua espera todos os dias,
até só por um simples facto...
Não sei viver sem amar.

01NOVEMBRO2014

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