sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A PROVA DE TODAS AS DÚVIDAS



Não sei como medir o que sinto.
Há uma área de decisão imperativa,
tão simples que complica o resultado.
Há um comprimento de folhas,
tão imenso e resumido que, acaba
por ser um infinito de palavras presas,
ainda presas, que apenas eu conheço.
A recusa desafia o que é natural.
A potencialidade da vida é vasta,
isolando o negativismo que me rodeia.
Só posso amar sendo amado.
Só posso sonhar, livre de pesadelos.
A vida tem de correr simples, fluída e feliz.
Porquê estas muralhas que me atormentam?
Para quê estes desafios que aparecem,
de um nada, que não devia acontecer?
O ênfase e ânimo da procura, é vasto.
É a liberdade assumida na felicidade.
Não posso condicionar a felicidade!
Todas as divisórias, as gavetas,
os centros de arquivo das pequenas partes,
têm de crescer naturalmente e,
tornarem-se maiores e acumuladas.
O sentimento mais fantástico da vida,
torna-se um empecilho cruel, céptico,
censurável e destruidor da conquista.
Conquistar a vida não é viver,
viver, é acordar feliz e sorridente,
é pensar que a maioria das dificuldades
são o "sim", muitos "sim" tão naturais,
sobrepostos a todos os "não" evitáveis.
Não estou doente (acho!).
Não estou infeliz, por narrativas estranhas,
como esta, que nem mensagem negativa o é!
Apenas penso nos porquês, apenas isso.
Apenas porque penso muito sobre tudo.
Há esta "doença" de pensar em demasia,
entender a razão, tentar todos os porquês.
Viver não é uma ciência, mas uma atracção
a todas as ciências que, por necessidade,
me dá impulso a procurar respostas.
Respostas impossíveis de alcançar.
Os sentimentos são exemplos da fragilidade.
A vida é a ida e a volta de tantos porquês.
A resposta, é alquímia e mágica,
é a ilusão e conquista do estágio superior.
Se a alma falasse comigo, se a entendesse,
há muito que saberia as resposta que não sei.
Todas as minhas equações, iniciadas, inacabadas...
Mas isto, isto mesmo que aqui se lê,
isto que aqui escrevo, é a minha essência e,
a grande proporção que em mim transformo,
ou em pedaços, ou em estágios de pura felicidade.
O que parece, pode não o ser.
O amor, pode não ser amar.
Estar aqui é a prova de todas as dúvidas.


28NOVEMBRO2014

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